quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

E o teu 2017, que tal?

O meu ano no geral não foi mau. Aliás, estarmos todos bem e com saúde já é um bom sinal, o melhor de todos.

Começamos em terras bem quentes, a pular ondas no mar de Copacabana no Rio de Janeiro. Foi 'A' viagem de 2017.

Entretanto conseguimos regressar a Londres e ir a Stonehenge, revistei Amesterdão e Maastricht. Embarcámos num cruzeiro pelo Báltico com um cheirinho por Riga, Tallinn, Helsínquia, Klaipéda, St. Petersburgo e Estocolmo (outra vez). Regressei aos Açores, descobri Budapeste e adorei. O ano ainda não acabou mas espero fazer pelo menos mais uma viagem. 

Como eu costumo dizer, sai sempre mais barato ficar em casa sem fazer nada do que viajar. Mas para quem tem esse escape, hobby, paixão ou necessidade há sempre maneira de viajar com qualidade sem gastar mundos e fundos. Pesquisar e reservar com muita antecedência é o truque, Raramente consigo bons preços em lastminutes, mas há quem consiga. 

Este ano foi corrido com muitas viagens, o que fez com que sobrasse pouco tempo para verdadeiramente descansar. Nós tentamos sempre passar uma semana de férias com os pais do Guapo e outra com os meus pais. E como os dias de férias não esticam, sobram-nos poucos dias para estarmos só os dois. Mas em 2018 prevejo um ano mais calmo de saídas. Aguardamos uma viragem na carreira do Guapo que por um lado vai ser muito bom, mas que vai ter o seu revés, vai receber bem menos...Às vezes temos de dar um passo atrás para conseguirmos dar balanço para um salto em frente, e é isso que vai acontecer. Então vamos ter de ser mais cuidadosos com as finanças.

O ano foi meio estranho. Pessoalmente apanhei um susto numa consulta de rotina, mas que se revelou um não susto. O Guapo também anda às voltas com uma vesícula meio avariada ainda que assintomática, tudo fruto de stress. Pensámos tentar engravidar este ano, mas não aconteceu. Aliás, desde que começamos a pensar nisso começou tudo a correr mal, problemas a surgirem, só confusões, até chegámos a pensar que era mau-olhado. É um desejo que nem sabemos se vai acontecer, tentamos não pensar muito nisso.

O trabalho tem fluído, continuo sem estar rica mas vou fazendo o que gosto. Consegui um contrato novo que foi muito bom, por isso é continuar na labuta.

Tive pouco tempo dedicado às amizades. Se não estava a trabalhar, estava a viajar ou a caminho do algarve, ou em casa dos pais do Guapo. Faz-me falta estar com as minhas amigas e falar de tudo e de nada. É um aspecto que pretendo alterar em 2018. Aposto que se trabalhar menos no fim ganho o mesmo e ainda sobra tempo!

Vendi a minha casinha e foi um alívio. Por um lado tenho saudades, por outro lado é menos um encargo. Do valor da venda dei tudo aos meus pais e só fiquei com uma pequena parte fruto dos investimentos que tinha feito (obras, decoração, móveis). Fiz muitas limpezas no armário e de alma (que ainda está em processamento). Dei metade da minha roupa a quem precisava e ainda não estou cem por cento convencida que dei tudo o que podia. Só fiquei com as malas que verdadeiramente utilizo e que são boas. Descobri que o UBER veio aliviar muitas situações de stress sempre que tinha de apanhar um táxi e isso deixou-me bem mais leve. Ter uma senhora que vai a casa fazer a limpeza e passar a ferro uma vez por semana é do dinheiro mais bem gasto do mês. Não estava muito convencida com Netflix e até ia desistir, mas agora já posso ver na televisão e estou a prever um 2018 muito mais divertido em frente à tv (uma vez que os nossos canais só emitem novelas portuguesas de faca e alguidar). Desde a última sessão de laser em Maio que não me crescem pêlos nas axilas (zero) e noutras zonas que não vou descrever. Nas pernas ainda cresce um ou outro, mas só quando vou ao ginásio é que me apercebo deles quando faço os alongamentos. 

O menos bom mesmo deste ano foram as perdas...o pai de uma grande amiga, a doença de uma outra amigona que estava a tentar engravidar e descobriu um problema, enfim, coisas com que não estamos habituados a lidar com pessoas que nos são próximas. A mãe do Guapo recebeu o resultado de uma biópsia menos positivo, o que nos está a deixar angustiados. Mas vai correr tudo bem, tem de correr!
Os meus pais lá vão caminhando, cada vez para lados mais opostos, é triste, muito triste. Mas eu estou a tentar aceitar que a vida é deles e não posso continuar a fazer de psicóloga. Ouvir as barbaridades de um, as parvoíces de outro e pôr água na fervura. Quando há um grave problema de comunicação entre o casal e eles se recusam a ouvir outros que não eles próprios, não há muito a fazer. Como tenho o meu próprio casamento para cuidar e não quero ser contaminada pelas más energias estou a fazer um esforço para me manter à margem. Não que não me importe, que importo. Não que me seja indiferente, que não é. Mas não estou a aguentar este drama diário de queixumes e novelas venezuelanas. Conversem, entendam-se, tratem-se. Desisti ouvir tudo e falar para paredes.

Na realidade a minha maior fonte de stress nem é o trabalho, são os meus pais. E depois de uma conversa franca comigo própria, decidi que isso tinha de acabar. Andava nervosa e angustiada com um assunto que na realidade não me dizia respeito. Tenho de deixar de ser a bengala deles para ver se falam de uma vez. Juntos ou separados, é lá com eles.

Para 2018 desejo mesmo muita saúde para todos nós e que a sorte esteja sempre do nosso lado. Que o Amor vença sempre sobre todos os obstáculos. Que este ano nos ilumine o caminho laboral para a independência que tanto ansiamos, que venha o filho (se tiver que vir) com muita saúde e que o Guapo consiga libertar-se do stress que tem dado cabo dele. Se desse para vir um sobrinho/a do meu irmão então era ouro sobre azul. Seria o ano dos rebentos e seria tão giro. Bem, mas sem pressão. O que for, será!





sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Andamos a criar totós

Eu não sou mãe. Não tenho filhos meus...ainda. Nem tenho sobrinhos.
A minha relação com crianças resume-se aos sobrinhos, afilhados e primos do Guapo. Ah, e os filhos dos amigos.

Um dos sobrinhos do Guapo entrou este ano para a universidade (ele e a irmã têm uns bons anos de diferença, convém esclarecer). Então o sobrinho está alojado na casa dos avós (pais do Guapo) que fica na Grande Lisboa, longe do centro (onde nós estamos).

Acontece que agora tudo (TUDO) se gera e decide à volta do sobrinho. Não que ele tenha pedido, mas todos se sentem na obrigação de lhe facilitar a 'adaptação' à nova realidade. Nova realidade que já dura há mais de dois meses.

No outro dia o sobrinho teve um exame na faculdade que terminou às dez da noite, adivinhem quem é que se voluntariou para o levar a casa de carro uma vez que aquela hora da noite há poucos transportes públicos? Pois, o Guapo. Adivinhem quem é que levou com respostas tortas porque ele já estava à espera na rua à 2 minutos e eu estava a 'engonhar'. Eu.

Para além da roupa lavada, comidinha feita, e outras coisas, agora também se fornece serviço UBER. Ah e tal, coitado. Ele tem iphone, instala o Uber e siga (que os paizinhos ganham muito bem - muito bem MESMO e podem pagar). Seria a minha lógica.

A sério, isto está-me a consumir os nervos. Já disse várias vezes que não estão a criar nenhum bebé (olham-me com cara de horror, chamam-me insensível).

A lá ver, eu vim da província para Lisboa sozinha, com 18 anos. Morava em Alvalade e a minha faculdade ficava no Alto da Ajuda. Numa altura em que os autocarros nem sequer iam até à porta da (única) faculdade ali existente (na altura). Não raras vezes, eu e colegas, éramos abordadas por homens nos carros a pensar que estávamos a fazer serviço no Monsanto (quando íamos a pé até à faculdade). As minhas aulas acabavam às sete da tarde quando não era mais tarde. E eu sou GAJA, não sou gajo. Sobrevivi e não tinha ninguém por perto para me safar, nem iPhones, nem Ubers, nem dinheiro de sobra (que já ia tudo para as despesas de rendas), nem mariquices do género. Só implorei por um carro (qualquer um desde que andasse), no dia em que a caminho da faculdade escangalhei uma maquete nas mudanças de autocarro / metro/ autocarro e chuva pelo meio. E aí, confesso, melhorou muito a minha vida.
Agora imaginem o coração de um pai que vem deixar um carrinho (fofinho que só ele, uma casca de ovo valiosa para mim) à sua filha bebé em Lisboa, tendo ela acabado de tirar a carta! Mas olhem, desenrasquei-me bem, sem multas e  acidentes. 
Cheguei a sair de casa às tantas da noite à procura de sítios para imprimir ou tirar cópias (e havia!). Não tinha avós, nem pais, nem tios para me 'desenrascarem'. Não.
Pelo meio, também tinha de fazer compras para a casa, cozinhar (sabia zero e não havia Bimby), lavar a minha roupa, estender, apanhar e passar a ferro. 

Hoje em dia tenho muito orgulho de conseguir o que consegui, mas sei que fui muito apoiada pelos meus pais. Sempre se dispuseram a ajudarem-me em tudo o que pudessem, e eu só pedia o que não conseguia mesmo fazer por mim uma vez que não trabalhava. Sei que há pessoas que trabalham e tiram cursos, mas no meu caso eu sei que isso era impossível. Principalmente porque a avaliação era contínua, tínhamos inúmeros trabalhos de grupo para além dos individuais, e eu queria tirar o curso sem repetir nenhum ano (prop$nas) para começar logo a estagiar e ganhar o meu dinheiro para as minhas despesas. Mas tenho plena consciência que fui uma afortunada.

Quando uma pessoa tem de cumprir um objectivo mas não sabe como, tem de desenrascar. Usar a imaginação, apelar às amizades, fazer acontecer. Eu sou assim, não espero que façam por mim senão arrisco-me a ficar a chuchar no dedo. E se eu tivesse continuado na província teria tido uma evolução completamente diferente porque teria lá sempre o meu pai ou a minha mãe a fazerem-me a papinha toda.

E se queremos ser autónomos, é desde tenra idade que se adquirem esses skills. Eu vou ao banco, à seguradora, à oficina, supermercado, à lavandaria, o que for. Tenho de resolver algo? Resolvo. 

Vou-me apercebendo que quando tivermos filhos isto vai dar filme. O Guapo há-de ter uma postura hiper-proteccionista e eu (embora ache que também vá ser mãe-galinha) vou forçar-me a não tratar os meus filhos como totós até aos 40 anos. Nem pensar! Vão ser engolidos pela sociedade num instante, vão ter uma vida caótica e ninguém vai querer aturar criaturas assim. 

A minha esperança é que isto seja só agora, na primeira vez, porque hão-de haver N exames que acabam às dez da noite, aí quero ver.




segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

O caos de Dezembro chegou

O frio também chegou em força e o meu desejo de ter aquecimento central reaviva em extremo nesta altura. Odeio ter frio em casa, ando cheia de mantas, écharpes, meias sobre meias, um atrofio.

Em Dezembro somam-se as horas perdidas à procura do presente certo e a convicção que isto está a chegar a um nível de consumismo absurdo. Estou a tentar conter-me na despesa, mas não é fácil. O meu carro já foi à revisão e inspecção, por isso já teve a sua prenda. Aliás, a mais cara que hei-de oferecer este Natal (a não ser que a sorte grande do euromilhões me bata à porta).

Os clientes querem ter todos os projectos entregues e aprovados antes do ano acabar, indiferentemente de só terem adjudicado ontem. Prazos, prazos, prazos...

Ligo a televisão e lá vem um última hora invariavelmente triste, o actor, o jornalista, o empresário e o músico. Tudo com a mesma doença, uma epidemia de células mal formadas. Não percebo como é possível ainda não termos dado conta do C. Essa doença silenciosa e fatal. Atinge crianças, adultos, desportistas e sedentários, sem dó nem piedade. Com tantos avanços na ciência e não arranjam solução para isto??

Eu continuo com a dieta e continuo a não ver os ponteiros da balança a baixar. O Guapo leva a coisa mais a sério (odeia chocolate e eu não passo sem...1 quadradinho por dia, só!). Sem dieta comia uma bolachita ou outra, um bolito aqui, uma fatia de salame de chocolate acolá e o peso não alterava. Agora é só vegetais, saladas, sopas, carnes brancas, ovos, gelatinas e tudo está na mesma. Estou seriamente a pensar voltar à 'minha dieta', ao menos não choramingava quando alguém comia um bolo à minha frente.

Posto isto, e para rematar, vou investir em aulas de Pilates. Eu acho que o meu problema é um metabolismo lento. E com muita concentração vou fazer com que ele mude. A minha cunhada conseguiu com ioga regular o peso (ao fim de anos em dieta rígida, caminhadas diárias e aulas de zumba sem conseguir emagrecer).

O trânsito não me atrapalha, ando a pé. Um luxo, eu sei. Irei ao Colombo por causa das compras de Natal, mas estou determinada a resolver metade da lista por encomendas online. 

Agora vou interromper o intervalo e seguir com o trabalho que tem de ser entregue ontem.


terça-feira, 21 de novembro de 2017

Rio de Janeiro - para quem vai no reveillon

Ora bem, eu prometi que contava o resto da viagem, dava dicas e tal e nunca mais me lembrei. Do Rio lembro-me todos os dias, cá em casa muitas vezes fala-se com sotaque carioca. Escrever sobre essa cidade é que me tem escapado.

Passou quase um ano desde que lá fomos e continuamos enamorados pela cidade. Primeiro porque correu tudo bem, voltámos inteiros, e depois porque é uma cidade fantástica com uma topografia absurda, floresta cerrada em poucos quilómetros de distância, e as pessoas...

Nós queríamos ser cariocas por uma semana. E fomos (q.b). Deram-nos a dica de contratar uma empresa para fazer algumas actividades e excursões e nós marcámos tudo antes de ir (só pagámos no dia de cada actividade). A empresa é a Riomaximo
Fizemos o vôo de Asa Delta (lou-cu-ra total, nem sei como tive coragem), um dia de tour pela cidade (super recomendo) e uma ida a um ensaio de samba (só tínhamos disponível a noite para ver o ensaio do Beija Flor em Nilopolis). Correu tudo muito bem, tudo em segurança, tranquilo. A ida para os arredores do Rio, atravessar a Av. Brasil toda by night e regressar às tantas da manhã para ver o ensaio é que foi mais assustador (para mariquinhas como eu), mas foi espectacular. Se recomendo ir a favelas? Não, não e não. Há muito para ver, é inevitável atravessar uma ou outras nos tours, tem-se um cheirinho do ambiente de favelas (mais-ou-menos) pacificadas e chega. Vêem-se ao longe de todo o lado, têm as melhores vistas da cidade, mas não recomendo lá irem. Garanto-vos que não faz falta.
Recomendariam ir à zona J a um turista? Não, pois não? Eu acho dispensável.

Também queríamos dar um pulinho a Angra ou Búzios, só que depois não tínhamos tempo para usufruir da praia, dos passeios no calçadão sem hora marcada. Não. Optámos por uma coisa mais calma. Um dia num tour, outro dia na praia. Um dia ficamos sempre no hotel porque eu bebi uma água comprada a um vendedor ambulante que na realidade não era engarrafada e fiquei mal, mal, mal. Eles recolhem as garrafas todas do lixo e muitas vezes voltam a encher com água da torneira, põem um pouco de cola na tampa e simulam que está selada. Por isso, cuidado! Façam o favor de amarrotar sempre as garrafas antes de pôr no lixo, ok?

Um dos dias fomos para a praia do Arpoador, depois para Ipanema mas já só avistámos o Leblon. Andámos de pedalinho na Lagoa e fomos sozinhos para o centro. No centro sentimo-nos em segurança, tinha polícia armada em cada esquina, mas depois de regressarmos percebemos que não é tão seguro assim. Demos a volta ao Museu do Amanhã, entrámos no Paço Imperial e fomos ao chá das cinco na Confeitaria Colombo (vale muito a pena o chá das 5). Fomos cuscar o SAARA, sempre desconfiados, mas fomos. Fizemos compras em supermercados na rua atrás do hotel (paralela ao calçadão), comiamos no boteco e algumas vezes no Balada Mix. Atravessamos o Parque Garota de Ipanema várias vezes até termos cruzado com um brasileiro que tinha acabado de ser assaltado lá com direito a armas e facas. Começámos a dar uma volta maior, mas sempre de mãos nos bolsos e a assobiar para o lado.

Tínhamos transfer incluído do e para o aeroporto e nunca andamos de taxi nem Uber. À noite íamos para o quiosque no calçadão em frente ao hotel e fazíamos a festa.

Adorei, adorei, adorei. Mas não deixava lá ir os meus pais, nem o meu irmão. O ambiente é tenso, o desespero por grana fácil é assustador. Não nos aconteceu nada, mas vimos acontecer. Claro que na próxima vez vamos querer ficar em Ipanema, queremos ir ao Parque Lage e Jardim Botânico. Muita coisa ficou por fazer e ver, mas revisitar já não seria nada mau. Só é preciso que o país se levante e acabe com a violência extrema.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

As dietas

Ora bem, já cá faltava este assunto tão transversal na Humanidade. Dieta, brrrrrr...
Agora que se aproxima o Natal e com perspectivas de ir botar o rabo ao sol na passagem de ano tivemos mesmo de tomar uma decisão drástica. Vamos fazer dieta à séria.

Comprei o livro da Dieta da Crise e toca a seguir as dicas e receitas. Na realidade muito do que ali está nós já praticávamos (em termos de redução dos hidratos, sopa sem batata, etc.). Não foi uma mudança abrupta. Talvez por isso resulte (para já) que em duas semanas o Guapo emagreceu 4kg e eu nada. Yeap. Nada. Sei que os homens emagrecem sempre mais depressa do que as mulheres, principalmente porque neste caso há mais peso a perder, mas também há mais massa muscular a ajudar.
Ora bem, se eu nas primeiras semanas é que deveria ver resultados por causa da alteração drástica, resta-me esperar que nas próximas duas irei...engordar?? 

Olhem, nem sei que vos diga. Fico toda contente do Guapo estar motivado e a conseguir perder uns quilinhos, mas para mim não está a dar. Vou redobrar a dose no ginásio, mas não creio que esta dieta seja adequada para o meu metabolismo uma vez que já estava habituada a uma dieta de poucos hidratos.

No entanto ando a aprender coisas interessantes, do género: pode-se comer cenoura crua sim, cozida é que não. Para mim foi revelador, adoro a primeira versão, crua, e detesto a segunda, cozida. Compro pacotinhos de cenoura baby no Minipreço e ando sempre com elas na mala. Outro truque, começar seeeeempre as refeições principais com fibra (sopa ou legumes), uma concha ou duas. Na falta ou total impossibilidade de obter uma, vá de cenourinha. Acho que vou ficar bronzeada antes mesmo de apanhar sol :)

À noite como mais do que comia. Agora é um fundinho de sopa, uma salada com proteina. Haja imaginação! Não sigo as receitas do dia à risca, vou saltitando umas e outras conforme os gostos e vontades. Agora vou entrar na terceira semana e prevêem-se três jantares só de sopa. E eu prevejo já acordar a meio da noite com hipoglicemia a tremer que nem varas verdes desesperada por açucar. Sim, eu sou dessas. Mas vamos com coragem, pode ser que assim perca 200 gramas!

Podia seguir outras dietas mais drásticas: a da proteína, vegan, do ovo, da banana, etc. Mas não dá. Tudo o que peca pelo exagero e exija suplementos para mim não dá. Pode dar resultado no imediato, mas depois é só recuperar no dobro. Eu sou daquelas pessoas que tem de comer de duas em duas horas e preciso de glicose para não começar com tonturas e tremores. E não é a sobrecarregar os rins que eu quero (nem posso).

Enfim, vou fazer até ao fim e depois logo vos conto tudo.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Sobre os bloggers e os haters

As vantagens de ter um blogue (mega) discreto é que consegue-se manter o anonimato naquilo que é um expositor de opiniões, desabafos, partilhas, com uma esfera que não a nossa, a que conhecemos e convivemos cara a cara.
Podia aqui expor as minhas opiniões mais fascistas e insensatas que não me ia fazer mossa, isto é meu, mas ao mesmo tempo não sou eu. Não é o meu negócio nem o meu sustento.

Há bloggers que já são reconhecidos no meio da via pública, corajosos, que publicam TUDO o que pensam, fundamentam as suas opiniões, mesmo contrariando a opinião da maioria. É preciso ter coragem, é preciso ter 'tomates'. Ou seja, é preciso saber arcar com as consequências. Ter uma opinião do contra pode ser chocante, mesmo tendo mil argumentos. Uma pessoa lê, se quiser opina, se não segue em frente. Contudo há bloggers que não aceitam críticas, debatem-se até ao último argumento para serem donos da razão, e se os outros continuam a não aceitar é porque são burros ou estúpidos. Agora chega a parte de arcar com as consequências.

Quando por várias vezes esse blogger defendeu ideias e opiniões algo chocantes, chega uma altura que a pessoa reflecte e pensa: 'Espera aí, eu estou a dar audiência para esta pessoa? Para este negócio? Não me agrada a postura arrogante, pedante e fascista. Solução: unfollow.

A sério minha gente, é a melhor solução. Não gosta, não segue. Não gosta, não compra.

Há tempos li algures de uma blogger afirmar que, uma pessoa quando quer um objecto (uma peça de roupa, um telemóvel, o que for) não vai deixar de o fazer só porque o dono da empresa é um esterco. As pessoas são indiferentes ao que está por trás de uma marca, e eu só abanei a cabeça. Esta pessoa vai ter problemas no futuro se continuar esta linha de pensamento...Falo por mim, deixei de comprar NewBalance depois da postura política que eles assumiram aquando das eleições do Trump.
Vou a um restaurante, sou mal atendida, são arrogantes, a comida é óptima. Temos pena, não volto lá a meter os pés.

E foi o que fiz, deixei a minha opinião de maneira gentil, a mensagem não entrou, segui caminho e fiz o que acho correcto: unfollow.

Não sei porque há pessoas que ao não gostarem, ao discordarem, o que fazem é perseguir, fazer comentários ofensivos, serem verdadeiramente estúpidos quando na realidade até estão a fazer um favor à pessoa que tanto 'odeiam' (mas que nem a conhecem) e isso chama-se views e followers.

Como dizem os brasileiros: Se liguem!!

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Vamos falar de almofadas

Tenho mesmo de falar sobre este assunto. Acho que tenho obrigação de partilhar.

Nunca fui uma pessoa mariquinhas com almofadas de dormir. Só não podem ser muito altas porque (também) durmo de barriga para baixo, de resto, andor! Entretanto os anos foram passando, as horas sentada ao computador aumentaram exponencialmente e o pescoço começou a ressentir-se.
Já andava com ideias de mudar de almofada há meses, a minha quase parecia uma folha de papel de tão usada. Ainda mais que com as lavagens ela foi perdendo fulgor. Seja como for, não era uma graaande almofada, era o que era e serviu.

Até que numa semana comecei a acordar com torcicolos todos os dias. Ia passando ao longo do dia, mas de manhã era sempre um sacrifício. Não aguentei mais e pus-me em campo. Precisava de uma almofada nova. E não podia ser uma qualquer, tinha de ser a melhor...para mim!

Tudo o que eu me lembrava era da almofada do hotel - chique - que ficámos em Londres da última vez (que o papai proporcionou), era maravilhosa. Acordava fofa, leve e fresca. E eu queria uma igual.



No entanto, pesquisando na net todos recomendavam as da Tempur. Fui-me informar. A funcionária foi um doce de gente a explicar-me tudinho. E com a explicação percebi que Tempur não é para mim. São almofadas viscoelásticas (ou algo do género) e são indicadas para pessoas que essencialmente dormem na mesma posição (ou de lado ou de barriga para cima, etc) e têm de ser coordenadas com a dureza do colchão. Ora bem, eu sou uma pessoa que roda todas as posturas e não dispenso espalhar-me de barriga para baixo, é tão bom, alongo o estômago e fico magra de tão esticada :) Não dispenso mesmo, embora saiba que seja um castigo para a cervical. Para além do preço que não era muito gentil...110€. Mas se tivesse de ser, seria. Garanto-vos! Estava em modo desespero.

Então, a conselho de um amigo, lá fui à loja do Pato Rico na Av. de Roma verificar a famosa almofada de hotel - parece-me que eles fornecem para hotéis de todo o mundo. Confesso que ia muito desconfiada, almofadas de penas? Tiram as penas dos bichos vivos? E o cheiro? 

Não estive com vergonhas e perguntei tudo o que tinha para perguntar (garantiu-me que as penas e penugens são retiradas dos patos abatidos para o ramo alimentar). É estranho? É. Mas por outro lado, não há coisa mais ecológica, tudo se aproveita. Bem, se calhar sou eu que estou a romantizar a coisa, mas na realidade os nossos casacos de inverno tipo michelin, todos alcochoados, são cheios de penas, só que na maioria das vezes nem nos apercebemos.

A vantagem destas almofadas é que mantêm-se sempre frescas e não retêm humidade. Há de várias opções. Eu escolhi as de 80% penugem e 20% de penas. Quanto mais penugem, mais caras - e há bem mais caras.

Esperei algumas semanas até poder tirar alguma conclusão.

Primeiramente, cheiram mal. Tive de arejá-la bem e até pus perfume de roupa da Zara Home. Passado uma semana já não me cheirava a pelo de cão mal lavado.

Depois, logo na primeira utilização, acordei sem torcicolo. Fofa e fresca.

E é isso mesmo que ela é, fofa e fresca. Adapta-se à postura. Se estou de barriga para baixo, consigo achatá-la, se estou de lado consigo afofá-la e por aí vai. De manhã, dou-lhe uns sopapos e ela ganha aquela forma voluptuosa. Tipo hotel 5 estrelas mesmo.

Como a loja é a mesma que fabrica os blusões da Duffy (lembram-se?), eu agora baptizei a minha almofada de Duffy. Desconfio que se não fosse pelo volume levaria-a para todo o lado (que não fosse 5 estrelas).

Aconselho? Sim, sem dúvida. Quanto custa? É puxadote, mas se pensarmos que é um investimento para alguns anos até nem sai assim tão caro. A minha foi 72€ (dimensões 50x70cms). 

Vão por mim que ninguém me paga por publicidade. Fofa, leve e fresca.

Estou tão in love pela minha Duffy!




quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Victoria's Secrets e eu

Dou sempre um gritinho histérico quando vejo uma loja da VS. Em NY vasculhei a loja de trás para a frente, mas achei tudo muito caro e tinha tanta coisa que não me decidi por nada. Entretanto no Dubai insisti que tinha de comprar umas cuecas para a passagem de ano naquela loja. Foi aí que eu descobri as minhas cuecas favoritas de todo o sempre. Não são de algodão, nem sei bem do que são (no site diz spandex), mas são tãaaaao macias, têm o corte perfeito para o meu rabiosque e não marca nada! Nada de nada! Nem sinto que as estou a usar e isso é nota 10!

O problema mesmo é o preço, dar 15€ por umas cuecas é dose. Mas vale a pena ir sempre espreitando no site ou nas lojas dos aeroportos. Em Bruxelas (no aeroporto) estava lá o modelo que eu gosto em promoção e trouxe mais umas por 10€ (também é caro, eu sei) .

Vão por mim, é do melhor!

O modelo é o Lace-Trim Cheeky Panty.

(não se enfiam no rabo como parece na foto)

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Já foram ao SUD?

Eu já e recomendo.

É barato? Depende das carteiras, mas para a média dos bolsos nacionais diria que não. No entanto, hoje em dia, sempre que vou jantar fora em Lisboa nunca pago menos de 20€ por pessoa, por isso até nem é caro (por comparação). Contem com um mínimo de 30€ por pessoa.

Nós fomos de entrada, prato, vinho a copo (têm uma variedade imensa, que é raro), sobremesas (fabulosas) e mesa junto à janela com vista para o Tejo (era de noite, mas a lua fez o seu show). O espaço é muito giro, vê-se que não se pouparam em nada, acabamentos de lux€, e embora seja amplo, nós sentimo-nos aconchegados no nosso cantinho, a conversar calmamente, a absorver toda a informação dos detalhes, a ouvir música bem tranquila cantada ao vivo (nota 10 para a difusão do som, nada de tons estridentes, nem sobreposição de sons). Os empregados super prestáveis e atentos, um mimo.

A sério, eu não sou de falar muito nos sítios onde costumo ir, mas este calhou-nos tão bem, fomos tão bem atendidos, foi tudo tão tranquilo que achei que devia partilhar.

Ainda fomos lá acima espreitar a piscina, que funciona como bar à noite, também tem a sua piada.

O ambiente tanto acolhe casais apaixonados (nós, eheheh), como famílias, grupos de amigas, grupos de amigos (mas do estilo low profile). Não é a tasca da esquina, mas também não é nenhum Eleven. Eu fui de jeans e uma blusa mais elaborada e o guapo de camisa e uns chinos, nada de especial. Não aconselho ir de havaianas e calções (para jantar à noite), muito embora eu ache que os empregados não impedissem de entrar, no entanto...








quinta-feira, 19 de outubro de 2017

A minha casa

A minha casa, é a nossa casa. Bem, é mais do Guapo do que minha uma vez que está em nome dele. Mas, como eu costumo dizer, o que é meu, é meu e o que é dele, é nosso :)

Adoro viajar, como sabem. Não de um jeito nómada, de ir à descoberta pura com uma mochila às costas. Eu NÃO uso mochilonas. Cada vez estou mais requintada nas viagens: no sítio onde vou dormir e nos sítios onde faço questão de ir comer uma iguaria local. Gosto de ter tudo mais ou menos programado: como me vou deslocar desde o aeroporto para o hotel, e vice-versa, como me vou deslocar nos sítios, faço sempre um pequeno-guia antes de partir.

Sem me desviar muito do assunto, eu realmente gosto muito de ver Mundo. Agora cada vez mais, pois é a única maneira que eu arranjo para desligar-me do trabalho. Se ando por Portugal o portátil vai sempre atrás, se vou para fora não há qualquer hipótese de ir com ele na bagagem. 

Na realidade há uma coisa que me faz mesmo muito feliz nestas coisas do 'partir', é saber que tem volta. Que tenho sempre o meu cantinho à espera. O nosso ninho, o nosso castelo. Passo muito tempo em casa a trabalhar e não me farto de cada centimetro deste nosso lar. Falta-lhe ainda uma ou outra tela para pendurar para ficar 'acabada', mas nada que faça muita diferença neste meu sentimento. A nossa casa não é grande, é relativamente pequena, mas é fluída, luminosa (e fria!!). A localização? Um euromilhões na sorte que tivemos nesse aspecto. 

Face às últimas desgraças de incêndios pergunto-me qual será o sentimento de ver o nosso porto seguro remetido a cinzas. Isto quando não nos é amputado o coração por nos levaram alguém querido no meio das chamas e cinzas. As mortes são desoladoras e aflitivas ao tentarmos pensar como foi esse fim...doloroso, aterrorizante, asfixiante. É um desnorte emocional. Mas nem sequer ter um canto nosso para fazer o luto? Uma referência da nossa existência? Nada, não há nada. Deve ser um desamparo tão grande e tão triste. Claro que são coisas materiais e tudo mais, mas ter um lar, um castelo nosso, que nos 'protege' do resto do mundo é das coisas materiais mais essenciais para a estabilidade emocional de uma pessoa.

Mesmo que se reergam os edifícios, o sentimento de abandono e de insegurança devem ser prementes...até quando o meu castelo ficará de pé? 

Enfim, fiquei a matutar nisto tudo...mesmo que não tivesse havido mortes, é de pensar nos que ficam feridos e desalojados.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Assumidamente contra as touradas

Não concebo que chamem aquilo de Arte. Não é. E se continuam a achar que é, vão-se informar melhor. 

Aquilo só tem um nome: tortura. É torturar um animal para entreter uma multidão.

Que andem a passear os cavalinhos, vestidos com trajes 'artísticos', que dancem sevilhanas, que façam o pino, batam palmas, tudo bem. Agora torturar um animal porque sim, não acho normal.

E não me venham dizer que sou cínica porque quando vou a um talho estou a olhar para animais mortos! Uma coisa é matar para comer, chama-se cadeia alimentar. Outra coisa é torturar um bicho, bater palmas e depois matá-lo para o que for.

E não entendo quem não veja isto assim, é o que é. 

Sempre que há touradas no Campo Pequeno correm multidões de pessoas de todas as gerações para assistir, e eu fico doida! Gerações antigas, criadas com outro tipo de valores, vá...dá-se um desconto. Agora as novas gerações não. É inadmissível!

E quando vêm com a 'desculpa' de dizer que se não fossem as touradas os touros bravos estavam extintos??!!!! Até fervo minha gente!!!!

Não entendo, mas espero assistir, ainda em vida, que surja alguém com verdadeiros cojones para acabar com esta palhaçada de vez.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Hoje é daqueles dias...

...que só apetece largar tudo e agarrar-me a um livro ou um filme daqueles bons, mesmo bonse nada mais!

Isto de andar sempre com deadlines, ultra urgentes, é para ontem, TUDO, não dá mais...Fazer um forcing (palavra mais repetida nos últimos anos) de vez em quando para despachar uma coisa urgentíssima, vá...agora todos os dias a deitar tarde, acordar cedo, sem fins-de-semana....não aguento. Fisicamente, prova-se, que já não estou a ir para nova.

Hoje vou-me dar uma folga, simplesmente porque estou exausta.

E porque estou na expectativa de ganhar o euromilhões.

Que mesmo assim não me iria salvar dos compromissos assumidos.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Sou Uberfã ou fã da Uber, ou fanuber, Uberlover!

Desde aquela cena lamentável com o taxista no aeroporto de Lisboa que me recuso a andar de táxi. Instalei a aplicação do Uber e comecei a usar.

Por norma não gosto de elogiar muito, pois logo a seguir vem desilusão, mas vou arriscar na mesma. Já andei umas oito vezes e estou a achar um piadão enorme. Primeiro que os carros estão sempre limpinhos e cheirosinhos, os motoristas são pessoas prestáveis (um deles até me carregou as malas até à porta do autocarro!!!!), depois...o preço! Metade do que eu costumava pagar de táxi! Claro que tenho tido sorte de não ser em horários de grande afluência (aí triplica o preço - ficando equivalente ao táxi).

É um descanso não saber se me vai calhar um taxista bem-disposto ou mal-disposto, se fica frustrado por fazer uma percurso pequeno ou não. Com o Uber já sabem ao que vão, sabem onde eu estou e para onde vou, nem tenho de dizer nada. Depois outra coisa espectacular, não tenho de tocar na carteira, é tudo pago através da aplicação (que está associado a um cartão de crédito, ou, no meu caso, a um cartão MBnet de 1 ano de validade). É maravilhoso! Não há o stress de ficar dentro do carro à procura de moedas às escuras e esperar pelo troco (ou dizer para ficar com o troco para não ter mais moléstias). Quero Uber para sempre!!!!

Só lamento não ter aderido antes!

Claro que, não havendo outra opção, terei de recorrer ao táxi, eventualmente. Mas espero sinceramente que isso nunca aconteça. Não enquanto não houver alterações nos serviços (e de quem os faz).

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Não quero o inverno...o meu cabelo não aguenta!

Por mim viviamos sempre entre a primavera e o verão. Se quisesse inverno, metia-me num avião e ia sentir o inverno noutras paragens. Cá por mim era assim: dias de sol, calorzinho, sem casacos, maravilha! Claro que a mãe natureza não se compadece com estas mariquices. A chuva faz falta (mas podia chover à noite, na boa), as temperaturas mais baixas são necessárias (inventaram as estufas, porque não inventam o contrário?), enfim...haveria solução para tudo, mas não me ouvem!
Quando muda a hora então é a depressão total! 

Mas vamos ao que verdadeiramente interessa.
Como sabeis, ando na luta da juba perfeita sem recorrer aos alisamentos. Já arranjei solução na primavera/verão, com a prancha transformo os cachos em ondas largas (adoro!). Mas agora vem o inverno, e aí, minhas amigas, não há ferro que aguente. A humidade estraga-me os planos todos. Foi assim no Brasil (países com muita humidade) e nos Açores (chuva, chuvinha, chuvisco).
Estou a pensar fazer marroquina só para sobreviver ao inverno, ou seja, uma vez por ano dar uma química na juba. Ainda não decidi, estou cheia de receio de ver o cabelo a cair e enfraquecer novamente, mas se for só uma vez por ano penso que não será tão nefasto como quando fazia de 3 em 3 meses. Não sei...quando bater o desespero saberei. Até lá, oremos...aguardemos!!

VOLTA VERÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Qual a melhor pizza de trazer por casa?

Há pizzas e pizzas. Há as pizzas tipo italianas, gourmet, as americanas cheias de gordura. Há a Pizza Hut, Telepizza e agora a Domino's. Há a pizza nos restaurantes ZeroZero, MadPizza, Mercantina, Casanova, Forno D'oro, Di casa e por aí fora!

Quando fui  a NY andei a farejar sítios onde pudesse comer daquelas pizzas que até dobram do peso do queijo, gordurosas e gulosas até cair. Encontrei!!! Lambuzei-me e nunca mais me esqueci (talvez acentuado pela fome ser negra). 

Há umas semanas estava com uns amigos e eles chegaram com umas pizzas gigantes debaixo do braço. Cheiravam bem (qual a que não cheira?), e tinham óptimo aspecto. Quando eu pego numa das fatias ela dobra (quase) como as de NY!!!! Delírio total!!  

Então vão por mim, Mr. Pizza é a Pizza!!! Comprem das maiores e não se arrependerão! Só não deixem arrefecer, quentinha é que é boa.

Obviamente que não estou a ser paga nem conheço os donos, nem nada, é genuíno minha gente (mas se o Mr. Pizza quiser oferecer uns descontos ou umas pizzas, estejam à vontadinha! Até ponho aqui fotos!).

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

...

Às vezes acho que vivo noutro planeta....só há pouco é que vi as notícias sobre Barcelona. Aconteceu ontem e só hoje é que me apercebi da gravidade da situação. 
A minha Barcelona...estou desolada!!! 


Como é em vossa casa?

Tenho uma senhora que me vem ajudar na lida da casa uma vez por semana. Três horinhas. Quem tem casa pequena, poupa nas horas, pois claro. Vamos chamar esta senhora a D. Furacão.

Eis senão que a senhora D. Furacão (com quem me dou lindamente) chega sempre atrasada meia hora, maaaaas...sai à hora certa. Ou seja, pago-lhe três horas e ela faz 2h30. Que ela é um furacão nas limpezas é verdade. Bem vejo nos meus rodapés cheios de falhas da violência do aspirador a bater. 

No outro dia até se deu ao luxo de sair 15 minutos (ainda) mais cedo. Eu não tive coragem de dizer nada pois via-se que a senhora estava de rastos, não tinha dormido nada por causa da mãe acamada em casa. 

Posto isto, no outro dia veio dar-me o recado para eu desocupar as estantes do escritório para ela poder limpar aquilo como deve ser. E eu fiquei com cara de parva. Para mim a pior parte de limpar o pó é ter de tirar os livros todos e aquela tralha toda das estantes, o limpar em si é rápido! 
O que me faz colocar a seguinte questão:
- a limpeza do pó é feita a contornar obstáculos, certo?
- as vossas senhoras fazem o mesmo?
Acham que ela anda a gozar comigo? Ou será que é normal? 

Outra coisa, a D. Furacão não limpa banheiras nem interiores de microondas ou fogões. Também é normal?
Bem sei que quem chega ao nosso palacete parece tudo muito limpo e arrumado, mas limpo não está! Móveis brancos? Lacados brancos alto brilhos na cozinha (never, ever more!)? Dedadas everywhere!! Será que só eu é que vejo?

Estou a achar que a minha bondade está a ser confundida com nabice. 

Não quero parecer aquelas 'patroas' que só sabem falar mal das 'empregadas', mas isto está a moer-me o juízo. No início não era assim. 

Claro que é sempre mais fácil limpar sobre o limpo (especialidade do senhor meu pai). A D. Furacão sai e eu vou lá tirar as manchas do inox, lavar a banheira, polir as torneiras, passar o pano húmido nas prateleiras para tirar mesmo o pó, enfim, não demoro mais de meia-hora...a tal meia-hora do atraso constante! Ora bolas!

Depois faz-me o choradinho do cigano (que eu O-DEI-O), que não pode dispensar as horas que faz extra emprego (sim, ela trabalha como efectiva numa empresa e recebe acima do ordenado mínimo) porque 'a vida está difícil'. Um dia, em conversa solta, disse-me o quanto recebia e quanto pagava de renda (40€ no centro de Lisboa, chorem amigos, é mesmo verdade). Eu fiz as contas por baixo e cheguei à conclusão que a D. Furacão ganha mais do que eu por mês. E a diferença não é pouca. Agora pergunto-me, porquê o falso choradinho pelo dinheiro???!! Sempre a queixar-se, seeeempre...

A grande mais valia da D. Furacão é que é uma pessoa de confiança, e meus amigos...em Lisboa isso vale ouro! Mas no entanto, fico na dúvida...será normal isto tudo?!

Não tenho jeito nenhum para patroa.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Quando nos morre um pai de um amigo

Morre-nos um pouco da alma. As dores do crescimento não páram, a adultez sucks!
Não há palavras, não há consolo para quem fica orfão de pai ou de mãe. Ainda mais de pessoas que nos são como irmãos. O pai do amigo era como um 'tio' nosso. Viram-nos chegar nas suas vidas ainda imberbes, com borbulhas na cara e inocência em todos os poros, amigos dos filhos que vieram para ficar. O tempo passou, nós crescemos, mas o respeito pelos nossos 'tios' mantém-se. Só eles para nos fazerem sentir adolescentes outra vez, sem falsas posturas, sem voz bem colocada, sem pose estudada, somos nós, os mesmos meninos de sempre.

É tempo de dizer adeus a um desses 'tios' e é tão triste. Tão repentino e tão injusto. Cá ficarão os filhos de coração partido, uma esposa desolada sem o seu better half, e nós aqui impotentes para dizer que vai tudo passar, porque sabemos que não vai. 

Enfim, não vamos pensar...não vamos sentir...vamos andar.

domingo, 13 de agosto de 2017

Eu tenho um plano

Ultimamente andava angustiada por andar a viver a minha vida sem um objectivo específico. Mas decidi que tinha de traçar um plano, mesmo. Pensei: Vamos sentar e pensar. Vamos abrir a mente e pensar com franqueza. Foi o que fiz.

Trabalho, trabalho, trabalho...mas vamos ser sinceros, não vou conseguir manter este ritmo o resto da vida. E na minha profissão, não se dão oportunidades de trabalho a pessoas com mais de 40 anos (ainda falta, calma!). Mas tenho de pensar no futuro, não obstante de ir vivendo a minha realidade actual, day by day.

Claro que a pessoa pode sempre delirar, com um euromilhões e coisas do género. Para isso tenho ziliões de planos, que vão desde o plano A ao plano Zversão100!

Agora descendo à terra, não tenho ambição de montar um atelier e ter pessoas a trabalhar por/para mim. É uma responsabilidade enorme e exige uma dedicação 200%, uma pressão enorme para não falhar o ordenado de ninguém, e não é isso que quero para o futuro. Sei que não posso subir mais no sítio onde estou (a não ser chegar a sócia, mas não me parece viável). Então que perspectivas?

Não sou ambiciosa. Gosto muito do que faço, mesmo muito, e é isso que quero fazer. É pedir muito? Tenho um plano para o futuro, mas preciso juntar um bom fundo de investimento (aí calhava bem um premiozinho do euromilhões). É um plano arriscado, mas sem riscos ninguém avança, certo? O difícil vai ser convencer o Guapo a dar esse salto comigo, ele é super-hiper-mega conservador na área financeira, nas oportunidades de trabalho, etc. Tem a ver com a educação, eu compreendo e respeito. Afinal tudo pode dar hiper certo ou hiper errado. E convenhamos, é difícil distinguir a utopia, delírio total de uma ideia com pés para andar. Até porque no início tudo é difícil, os resultados tardam, é preciso errar e acertar, persistência, sagacidade, esperteza.

Vamos ver se o plano se concretiza (tem de se concretizar), pois o futuro dos arquitectos só a eles diz respeito (cada vez mais).

Em jeito de desabafo...eu devia era ter-me apaixonado pela área de computação, seria tão mais fácil...

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Jumpsuits e wc, vamos ser sinceras?

Como fazem?

Bebo litros de água, mas mesmo quando não bebo, não conto as vezes que vou ao wc ao longo do dia. Por vezes fico horas sentada em frente ao pc e nem me lembro que tenho bexiga, mas assim que me levanto...uiiii! Lá vou eu aflitinha. Se saio de casa é melhor nem pensar em verter águas que fico logo com vontade. Já me aconteceu chegar a uma obra e antes de entrar avisar logo que não posso demorar muito, no fim passam-se duas horas e com a distracção nem me lembrei mais que estava com xixi (é o que chamo de urina psicológica).

Adoro jumpsuits, babo-me por imensos, mas depois vem o lado prático: e ir ao wc como é? Uma pessoa despe-se toda e fica tudo no chão? E se há lixívia, e se está sujo? Como?! É que eu não me sento em sanitas alheias, never, ever!! Sempre exercício dos glúteos, 10 cms de levitação de segurança. Nem falo da arte de se auto-despir e auto-vestir (consigo tocar com as mãos em qualquer ponto das costas), mas e tudo o resto? 

Quando vejo nas revistas super models que bebem litronas de água com drenantes em jumpsuits cheios de laços e fitas nas costas penso sempre o mesmo: qual é o truque? Será que andam com molas nas carteiras para prender a parte de cima à parte de baixo para quando vão à 'casinha'? E ficar com-ple-ta-men-te nua numa casa de banho estranha? E se há uma emergência?

Estou a complicar, não?



quarta-feira, 12 de julho de 2017

Compras online

É sempre um risco, principalmente quando mandamos vir de sites chineses. Nunca percebemos bem a qualidade dos tecidos, os tamanhos variam muito consoante os modelos, etc.
Há tempos mandei vir umas coisinhas a medo (também com receio que ficassem presas na alfândega). Depois mandei vir outras...claro que umas foram certeiras, mas outras acabei por dar a outras pessoas pessoas por não me servirem (ou muito grande ou muito pequeno) ou por causa do tecido (há alguns que me fazem comichão).
Desta vez andei a saltitar entre dois sites que vendem basicamente a mesma coisa, mas um tem comentários de pessoas que já compraram e o outro não. Então gastei um par de horas a ler tuuuuudo, a comparar, e pimba! Mandei vir umas quantas pecinhas que não se veem à venda por cá. Chegaram em duas semanas (tendo em conta que podem demorar 2 meses a chegar não é mau). E não é que acertei nos tamanhos todos?! Ficou tudo perfeito! Agora só me falta ter férias de Verão (que já não tenho, ahahahahah) para usar os mil e um vestidos que mandei vir :)

Isto tudo para dizer que ainda não fui aos saldos. Não tenho tido tempo nenhum e só no escurinho da noite é que consigo agarrar-me ao iPad e passar os olhos pelos sites. Queria muito espreitar uma Zara, mas não tenho agenda livre nos próximos tempos e o que está no site é muito limitado. Depois ando a cuscar no Instagram e tooooda a gente anda a poupar nos Saldos menos eu!

Também não me posso queixar, entre muitas horas de trabalho também tenho tirado alguns dias para viajar, por isso é que ando sem tempo.


terça-feira, 11 de julho de 2017

É agora que vou aderir à Uber

Nunca fui fã de taxis nem dos seus condutores. Um mais simpático, outro mais carrancudo, uns aceleras, outros molengões, enfim, apanhei de tudo...Achava eu!
Chegada ao aeroporto de Lisboa apanho um táxi da Cooptaxis e digo que quero ir para a zona das Avenidas Novas. Desde que arrancou até chegar ao destino o raio do mal encarado do taxista não parou de reclamar (chingar, mandar vir, rosnar) connosco porque a volta era pequena para quem já tinha estado uma hora à espera na fila para atender no aeroporto. E foi dar uma volta gigante para chegar ao destino, andou a ultrapassar pela direita a fazer rally e fez uma transgressão grave no meio da Av. da República. Quando saímos do taxi ele desata a gritar palavrões e anormalidades para meio mundo ouvir. Eu fiquei perplexa, cheia de vergonha por ter presenteado a minha família daquele triste espectáculo.
Não queria fazer o serviço que dissesse, espera muito tempo e só quer apanhar alguns estranjas para ir para Cascais então que jogue no euromilhões ou compre rifas. Sinceramente, que recepção tão infeliz a chegar a casa. Imagino um estrangeiro quando cá chega! Eu vou já avisar a todos: NÃO APANHEM TÁXIS NO AEROPORTO DE LISBOA - NEVER TAXIS FROM LISBON'S AIRPORT. Parece que são escolhidos a dedo para serem os mais chungas da espécie. E para que a história não termine aqui fiquei com os dados do táxi e já apresentei queixa. Aquela pessoa não tem perfil para a profissão que exerce. Devia trabalhar num sítio onde não tivesse de ter qualquer espécie de contacto humano, o homem é louco e é bem capaz de bater em alguém (só não o deve ter feito porque o santo Guapo embora não tivesse aberto a boca é um latagão de impor respeito).

Posto isto, como é óbvio, fiquei com terror a taxistas (por uns pagam outros, é certo)! Agora instalei o Uber mas não consigo perceber se eles vão buscar pessoas ao aeroporto e cenas assim. Alguém sabe?


segunda-feira, 26 de junho de 2017

Vontade, procura-se!

Procura-se Vontade.

Vontade de:

- trabalhar (a sério, isto está a ficar perigoso, muito trabalho, prazos e eu a assobiar para o lado);
- ir ao ginásio (meses, MESES, sem lá meter os pés, vergonhoso), a isto soma-se a NÃO vontade de ir à praia (zero);
- ter filhos (relógio biológico, faça o favor de despertar urgentemente);

e é isto a minha vida neste momento. Tudo serve de desculpas para não estar colada no computador a trabalhar ou ir bater banhas no gym. Os filhos...nem falo, nem sei. Medo.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Viver não é um sítio seguro

Fui passear a Londres com toda a família. Ia com o coração nas mãos face aos atentados terroristas recentes. Tínhamos programado almoçar no Borough Market ainda sem saber o que se iria lá passar.
Não havia volta a dar, os voos estavam pagos, hotel, excursões para fora de Londres, bilhetes para o The Shard. Milhares de euros envolvidos e algum receio. Mas bolas, quem foi ao Rio de Janeiro no réveillon e conseguiu não ser assaltado também conseguia ir a Londres com o mesmo espírito de aventura e alerta, certo?

Claro que assim que pusemos os pés em Londres todo esse receio desapareceu. Londres continua igual, as pessoas andam tranquilas nas ruas, mares de gente em todo o lado, apanhamos dias radiosos, tudo tranquilo. Foi óptimo!

Nos dias de hoje não podemos dizer que estamos 100% tranquilos num sítio qualquer. Nem aqui, nem em lado nenhum. Olho muito mais por cima do ombro agora quando ando na rua do que há uns tempos atrás, é um facto. Já penso duas vezes quando deixo o Guapo à porta das lojas enquanto ando a cuscar os trapos. Faço o possível para andarmos sempre em grupo porque sei lá...

Mas depois chego a Portugal e tomo conhecimento de um incêndio numa torre de habitação em Londres que mata mais de 70 pessoas por causa de um erro de projecto e negligência. Um horror...e pensar que tínhamos passado lá perto umas horas antes!

Uns dias depois, um incêndio dantesco em Pedrogão Grande que conduz dezenas de pessoas para a estrada da morte onde se perdem famílias carbonizadas nas suas viaturas. Isto é atroz, é de uma violência a todos os níveis que uma pessoa nem quer pensar. Toca-nos profundamente de uma maneira egoísta quando pensamos que podíamos ser nós, a nossa família, os nosso amigos...

A minha amiga cancelou a viagem dela a Londres porque os miúdos estavam aterrorizados com possíveis ataques terroristas. Vão para um hotel tranquilo no meio da serra. Será que vão? E se houver um incêndio destes?

Não há mais tranquilidade para ninguém se pensarmos nas desgraças que nos podem acontecer a qualquer minuto. Vivo muito essa angústia. Tenho muito medo de algum acontecimento tenebroso possa alterar radicalmente a minha vida. O meu exercício diário é 'não penses nisso'. 

E é o que faço neste exacto momento: 'não penses nisso'. Faz hoje um anos que apanhei o maior susto da minha vida quando telefono aos meus pais e a minha mãe me diz que o pai acordou com a boca de lado. AVC na certa...mas não foi. Felizmente que não foi e felizmente já está praticamente recuperado. Tudo pode mudar num instante e isso assusta-me, aterroriza-me. Até ter um filho deixa-me em pânico...pode correr tanta coisa mal. E se já vivo em sobressalto hoje imaginem com um filho?! É melhor começar a fazer terapia quanto antes.

Antes de terminar, e as palavras valem o que valem, às pessoas que perderam tudo...esperança e força, muita força.

domingo, 4 de junho de 2017

Vou contar uma história

Reza a história que um belo casal vivia muito feliz na casinha em terra pequena à beira mar plantada, que compraram fruto do árduo trabalho no mar e em terra. Tudo a correr de feição e até avançaram para ampliar a casa e construir mais um piso. Gente humilde mas sempre pronta a receber quem fosse de braços abertos.
Até que um dia...
O pequeno fruto do seu amor não resiste a uma doença fulminante e pais ficam orfãos de filho. A vida seguiu e com eles a motivação para tentar outra vez. Até que um dia a pior notícia bateu à porta. A D. Ana ficara viúva. O mar que os sustentava ceifou a vida do seu amor. O marido não mais havia de voltar da labuta e D. Ana não mais voltaria a sentir o abraço quente da sua melhor metade.
Jovem ainda, vestiu-se de negro e toda a sua alegria e força de viver estavam adormecidas.

Mas logo apareceram os abutres deste mundo. Os sogros e irmã do falecido arreganharam os dentes e reclamaram os direitos de herança do filho e irmão desaparecido. Não quiseram saber da tristeza de uma mulher que ficou sem um filho e depois sem o marido, amor de sua vida. Exerceram o seu direito (na altura) de herdar metade de tudo o que era do filho e irmão para que a viúva não ficasse mais rica que eles. Rica? Ficar com a casa que construiu a meias com o seu parceiro? Pois...outras épocas.

Foi com uivos de dor e revolta que D. Ana aceitou esta ganância. Deu-lhe o rés-do-chão da casa onde tudo começou, onde tinha as melhores recordações do seu amor, e ficou com o primeiro andar que mal tinham tido tempo de estrear por causa do acidente. Construiu um acesso directo pela rua e reservou-se ao direito de construir uma açoteia.

Durante o resto da sua vida viveu revoltada no seu interior. Aquela força de mulher continuava a existir mas continha-se cada vez que sentia os germes no piso abaixo do seu. No piso que era seu por direito de esforço e dedicação. Andava com pés de lã, não abria as janelas nem sequer em verões ardentes de quente. 'Aquela gente não há-de ouvir um pio meu enquanto for viva'. Auto massacrou-se com essa vingança, como se os outros quisessem saber. Já tinham a casa para passar férias!

A meio do percurso os vermes ainda reclamaram que deveriam ter acesso à açoteia, invejosos que nem a morte os quer. Foram para tribunal com D. Ana a chorar lágrimas de sangue. Desta vez a lei foi justa. Ela é que construiu a açoteia, os outros não tinham direito a nada. Vermes.

No fundo D. Ana continuava uma pessoa alegre, mas ao que consta, uma sombra ao lado do que era naquele outro tempo. As portas de casa deste casal estavam sempre abertas, as melhores festas de Natal eram lá em casa, havia sempre espaço para mais um! Essa D. Ana eu já não conheci.

Os anos passaram e D. Ana nunca tirou o luto de si, nem das suas roupas. Nunca quis saber de outro homem, nem se era feliz. Foi vivendo.

Um dia a morte esperou-lhe lentamente. O sangue começou a ficar doente e arrastou-a para o hospital. Nos dias que lá esteve inspirou-lhe o maior desejo: 'tomar um duche para sentir a água correr-lhe no corpo'. Acabou por partir sem concretizar essa vontade. Não há duche que eu tome que não me lembre dessa frase.

A casa da D. Ana acabou por ficar para o sobrinho mais próximo que lhe era quase como um filho. 
A ele coube-lhe a dura tarefa de decidir o que fazer com o recheio de uma vida em objectos. Sentiu em cada lençol bordado do enxoval uma pontada de dor. Tudo se foi. 

Por fim vendeu a casa. Vendeu com o maior desejo que o novo proprietário fizesse obras bem barulhentas o verão inteiro. 

Eu acrescento: desejo que os novos proprietários façam grandes festas e celebrações naquela casa, levem muita alegria e barulho para aquelas paredes, façam a vida daqueles vermes um inferno que é o que eles merecem.

Não que seja vingativa (um pouco talvez), mas ganância com injustiça é do pior. Para mim o que fizeram à minha tia D. Ana foi pura maldade. Espero que quando esses seres chegarem ao outro lado o meu tio esteja lá para lhes dar um bom puxão de orelhas e a minha tia umas boas vassouradas. No fim sei que vão acabar por lhes perdoar, mas entretanto espero que o karma de terem feito o que fizeram os persigam até ao fim.





quinta-feira, 1 de junho de 2017

Excesso de liquidez

Vendi a minha casinha!!!

Vendi a minha casinha....

Vendi a minha casinha, buáaaaaaah!!!!!

Tenho de me mentalizar que são objectos e a vida continua. Fui muito feliz lá, tive muitas dores de cabeça com as obras, tive problemas com infiltrações até substituirmos o telhado e era dramático cada vez que chovia. Dá-me muita nostalgia ter-me desfeito da casa, mas a vida é assim mesmo. Não podemos ficar agarrados a todos os objectos que temos, principalmente quando não lhes estamos a dar uso. E tal como se sabe, uma casa vazia é uma casa a estragar-se (sim, elas auto degradam-se).

Depois de pagar o que devia ao banco, ainda sobrou algum. Entreguei tudo aos meus pais e eles lá orientaram o excedente à maneira deles.

Neste momento tenho 'excesso de liquidez', expressão utilizada pela minha gerente de conta. Uma pessoa é tão assediada que até julga que está ryca!

Não tenho dúvidas que tenho uma vida confortável. Não passo necessidades, posso permitir-me a certos luxos, e até carro parado à porta tenho! Mas acima de tudo tenho o luxo de ter água potável sempre que abro a torneira, roupas confortáveis, comida no frigorífico, a tranquilidade de sair à rua em segurança. Isso sim, é o mais importante.

Ryca serei quando estiver indecisa em comprar uma penthouse no Upper East Side ou no Upper West Side em NY!


quarta-feira, 17 de maio de 2017

Fui num cruzeiro...again!!!

E adorei, adorei, adorei!!!!
Desta vez andámos pelo Báltico e apanhámos neve em pleno mês de Maio em Helsínquia!!

Agora não vou ter tempo de relatar pormenores (já se sabe que quando regressamos de férias o trabalho cai em avalanche), mas só para esclarecer que eu enjoo muito de transportes (até para andar de avião tomo vomidrine!) e nunca enjoei em cruzeiros. Quanto maior o barco menos se sente que se está no mar e os mares que tenho andado são relativamente calmos, por isso...quem está com medo de passar mal, don´t worry. Tranquilíssimo!!! Vão em frente, cruzeiros são para todas as idades e é divertidíssimo!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Livrei-me da progressiva!!!

É isso!

Notícia bombástica! Já tenho o 'meu cabelo' de volta. Sem resquícios de marroquina (progressiva). Ufaaaa!

E agora, como te aguentas?

Então é assim: 

ferro com ele!

Oh Muñeca, não ias assumir os teus caracóis com orgulho? Er...não.

Pronto, não é muito saudável queimar o cabelo todos os dias, mas é muito melhor do que a progressiva, garanto-vos.

Para já uso todo o tipo de protector térmico, o ferro tem placas cerâmicas (supostamente queima menos) e na realidade dou só uns 'jeitos' à trunfa.

Vou explicar melhor (para quem estiver interessado). O meu cabelo era ondulado, bastante ondulado. Fiz imensas progressivas (a marroquina) e ele foi ficando fininho, fraquinho, a cair e a partir. Também faço coloração (com Inoa). Agora o cabelo está forte e muuuuito ondulado, assim tipo caniche, estão a ver. Pois, no me gusta. Mas voltei a ter a raíz lisa (finalmente!!!).

Então o que se sucede é o seguinte:
- uso champôs e amaciadores à base de côco, protectores térmicos, séruns e cremes mil, mas no inverno tenho de secar o cabelo com o secador o que faz com que os caracóis se desfaçam (não gosto do difusor);
- pego na placa alisadora e passo mechas (grandes, assim à bruta que não tenho muito tempo) até o cabelo ficar ondulado leve;
- a seguir vou à minha vida (tomar pequeno-almoço, ver uma novela, depende da hora), deixo passar uns 15 minutos;
- o cabelo ganhou mais volume e certas zonas ondulou mais, então dou mais um toque com a prancha para alisar e logo de seguida começo a dar o 'jeitinho' para definir as ondas (sim com a placa alisadora); 
- não é nada de novo, vi uma blogger brasileira a fazer no youtube e resolvi imitar...e não é que fica show????
- fico com ondas tipo Gisele Bundchen (yeap!) e toda orgulhosa! E mais, no dia a seguir ainda fica melhor!! É só dar um toquezinho e fica definido e solto como se tivesse ido ao cabeleireiro.
- no total demoro 20 minutos (ou menos) -sem contar com os 10/15 minutos de intervalo. Estou tão orgulhosa :)))
- claro que no Verão e com praia não dá para esconder, mas uma fita larga disfarça bem.

Agora só falta convencer a minha mãe a aderir. O cabelo dela era tão forte e agora está tão fininho nas pontas que dá dó, mas ela AMA progressiva.

Muito parecido (só que com menos 4 dedos)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Impressão minha ou as mães estão a dominar o Facebook?

Ou melhor...o 'Face', como elas dizem.

Antigamente a minha mãe (e sogrinha) entupiam-me o mail com mensagens reencaminhadas com powerpoints sobre a saúde, a amizade, o amor, com piadas, tudo e mais alguma coisa. Entretanto, como o meu pai ocupava-lhe o computador e o gato não a deixava ter o portátil ao colo durante muito tempo, tivemos a brilhante ideia de lhe oferecer um iPad. Bem...supostamente era para os dois, só que entretanto a mãe também já ganhou um iPhone e o pai também. Então a mamãe domina o iPad e o iPhone, adora e até agora não houve desgostos. O meu pai continua no computador e garante que o melhor presente até hoje foi o iPhone.

Agora a mamãe vive agarrada ao iPad, principalmente no Facebook. Está sempre a fazer Quiz(es) de personalidade, de futurologia, coisas profundas e muito certeiras. Quando quer mandar indirectas, vai ao Face. Eu descubro logo se está chateada nesse dia só de ir lá espreitar. Espreitar, leram bem. 

É que a acrescentar à minha mãe, também há a mãe do Guapo. A mãe do Guapo pega no carro em dia de temporal para ir tirar fotos ao mar (mas de longe, não é como os outros...) para pôr no Face, sai do carro com -5º ao sol para tirar umas fotos para pôr no Face, fica hooooras na internet à procura de frases bonitas para pôr no Face, ele é o 'Bom dia, bom almoço, café é salvação, boa tarde, boa noite, durmam bem, etc. Assunto não lhe falta. Depois ainda há a mãe de uma grande amiga minha, comenta as fotos todas e gosta muito de animais. Há a mãe de umas amigas de infância (que não vejo há uma dezena de anos, mas a mãe está no meu Face todos os dias). E por aí fora...
Eu abro o Face e aparecem trezentas e cinquenta e sete posts das 'minhas mães'. Uma loucura. Depois actualizo o Feed para posts mais recentes para ver se algum amigo partilhou alguma coisa de jeito. Três segundos e meio e já estou no Insta ou a jogar Candy Crush (sim, ainda jogo, sim relaxa-me imenso e não, não vicia).

Para resumir: nunca fui muito de botar pensamento no Facebook, agora muito menos. Vou de vez em quando espreitar e já informei devidamente às mamãs que só vou ao Face quando não tenho mais nada para ver no Instagram ou não tenho vidas no Candy Crush, ou outra coisa qualquer. 

Não é por mal, mas não é a mesma coisa...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

We will always have....

...nem Paris, nem NY, nem Rio!

Fico triste, pois claro que fico.

Um dos grandes planos que eu tinha quando ficasse euromilionária era passar 6 meses em NY e outros 6 meses no Rio.

Maaaas...a Cidade Maravilhosa não é nada pacífica, é violenta. Linda de morrer, adorei o vibe, tem um potencial enorme de ser uma grande cidade e o Brasil um grande país. Mas tem muito trabalho pela frente, que ao se basear em mudar comportamentos e mentalidades torna o exercício muito difícil. Infelizmente, porque eu senti-me muito feliz como carioca!

Então tinha sempre NY, já que Paris não tendo sido nunca uma das minhas cidades favoritas. Eu gostava da cidade...excepto a última vez que lá fui. O ambiente era sinistro quer junto à torre Eiffel, quer no metro. Não sou cá de coisas, mas para quem frequentou Paris desde 1998, as coisas estão muito diferentes, e não é para melhor.

Voltando a NY...Ai, como eu adorei essa viagem. No meio de um nevão, frio, lama, a cidade era tudo! Fascinante! Senti-me em casa também (bem, mais ou menos, casa mesmo só em Lisboa do meu coração). Fiquei sempre com vontade de regressar...na Primavera, no Verão e no Outono. 

Maaaas...os EUA estão a atravessar um período inédito. Será passageiro? Será o início do fim? Não sei. Só sei que quando eu fui de férias para NY tive de ficar numa fila para mostrar o passaporte, tudo normal, mas quando chego ao guichet sou bombardeada com perguntas (em inglês, pois claro, se não soubesse inglês não sei como me safava) do género: quanto tempo vai cá ficar? em que sítio vai cá ficar? o que é que veio cá fazer? tem cá amigos ou conhecidos? quanto dinheiro traz? Sinceramente eu não estava preparada para este interrogatório, muito menos para a indignação do polícia quando eu disse que tinha 500 dólares. Alarme total: 500 dolares para 5 dias?? Como vai sobreviver??? Acalmei o senhor quando agitei o cartão de crédito. WTF? Não gostei. Foi a pior parte mesmo.

Mas sei de histórias piores! Um casal amigo meu fartavam-se de viajar, tinham carimbos recentes nos passaportes da India, México e Brasil. Assim que aterraram foram logo escoltados pela polícia, passaportes apreendidos e sala de questionário. Sem perceberem o que se estava a passar, sem poder telefonar a ninguém, estavam a entrar em desespero. Até que ele, o marido, tirou a carteira e o polícia viu que ele tinha um cartão VISA. Pediu para ver, fez uma consulta e mandou-os sair. Nem pedido de desculpa, nada. Ah, pequeno pormenor, ela tem aspecto de indiana. Mas é portuguesa. Nunca mais foram aos States e nem querem ouvir falar de tal país. Acho que eles pensaram que eram traficantes de droga por causa do percurso turístico...andam a ver filmes a mais e depois dá nisto.

Ora bem, sabendo que eles vão apertar o controlo de entradas no país, não me admira que situações destas se venham a multiplicar. E agora a exigirem as passwords do Facebook é tão absurdo quanto estúpido (seja aos sírios, iranianos, whatever). Fico triste, mesmo muito triste. 

Primeiro, queria lá levar os meus pais, mas assim nem pensar. Vai que acham o meu pai com ar de marroquino e ainda o mandam prender. O país anda dividido, uns são pro, outros anti-Trump, ofendem-se, não aceitam opiniões contrárias, estão muito xenófobos. E disso eu tenho medo.
Um turista pode ser facilmente ser confundido com um emigrante e ser insultado ou até mesmo agredido. É assim mesmo, não tenho dúvidas. A não ser que tenhamos de começar a andar com uma plaquinha a dizer turista. E isso faz-me lembrar uma outra época que a Europa quer tanto esquecer.

Lá se vão os meus planos para Miami...São Francisco...Las Vegas...Grand Canyon...O melhor é ter filhos agora e esperar para lá ir quando já forem grandes. Pode ser que aí as coisas estejam melhores...

Que desilusão. NY já não é porto de abrigo...what a shame!

Liberdade até quando?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

E o instinto que não me falha?

Tenho andado à procura de uma ginecologista que me cativasse. Homem ou mulher, tanto faz. Precisava de ter um médico mais à mão, aqui em Lisboa. Penso que já devo ir na quarta tentativa. Primeiro fui a uma médica que me deixou pendurada 2 horas e ainda mandou pedir mais paciência que a sotôra ainda ia almoçar (e eu verde de fome e em stress por não estar no escritório), nada simpática. Anos à espera de vaga na Chung, mas nada. Ou grande cunha ou grávida+cunha. Nada. Depois já houve outros.
Recentemente experimentei outra, por recomendação de uma outra médica (que essa sim, adoro!). Nada contra a doutora, excepto em desdramatizar demasiado as minhas dúvidas e ansiedades. Eu sou uma pessoa que lê muito, que hei-de fazer. Fiz os exames todos. Mostrei os exames todos. 'Está tudo óptimo, vá à sua vidinha que está tudo show'. Só que eu sabia que não podia estar tudo bem.
Calhou um dia destes ler um artigo sobre uma outra médica que me pareceu curioso, só por via das dúvidas marquei (assim, uns 2 meses de antecedência). Fui.
Simpática (demais até!), mas eu sempre desconfiada. Viu os exames todos, ajudou-me a interpretá-los, verificou que realmente num deles estava qualquer coisa menos bem e passou-me um tratamento.

Pronto. Dois médicos, os mesmos exames, os mesmos sintomas, uma diz que não há nada e outra passa-me um tratamento. Em que ficamos?
Pelo sim, pelo não, prefiro a ultra simpática. 

O que me vale é que não dão consultas no mesmo hospital, senão era capaz de ser chato.
É por isso que eu aposto sempre numa segunda opinião.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Finalmente RIO de JANEIRO!!!!



Devagarinho lá vamos alcançando as nossas pequenas grandes metas ou concretização de sonhos.
Para muitas pessoas ir ao Rio é corriqueiro, nada de excepcional, para nós era (e foi) excepcional.
Até porque queríamos ir por altura do épico reveillon em Copacabana e só por isso a viagem teria o triplo do custo.
Este ano portámo-nos bem e em Setembro já tinhamos a viagem marcada. Antes de começarem a aparecer os pacotes de reveillon já nós tinhamos chafurdado todas as hipóteses.

Para esta ocasião tinhamos algumas premissas:
- ir o mais perto do dia 31 para usufruirmos mais dias no 'depois' - os voos ficam mais baratos;
- o hotel tinha de ficar em Copacabana, 1ª linha e o quarto com vista para o mar - escolhemos o Pestana em vez do Othon porque gostámos mais da localização do Pestana. O Othon é um hotel muito maior e com mais opções de quarto com vista, mas a praia em frente tem o areal mais reduzido, logo mais lotado e fica à sombra mais cedo (por outro lado, fica mais perto de Ipanema).
- as 7 noites teriam de ser 7 dormidas no hotel (muitos pacotes contam como 1 das noites a que é passada no avião).

A ideia da viagem era de descansar, conhecer a cidade, mas sobretudo sentirmo-nos cariocas. E foi o que fizemos: compras no supermercado, comer em botecos, ir a lanchonetes, beber água de coco nos quiosques na beira da praia a ver quem passa, alugar uma barraca (chapéu de sol) e cadeiras e ficar colados às pessoas na praia a ouvir as conversas. Muitas horas a andar ao sol, muitos mergulhos no mar (estava quente!!), muita boa disposição e muito, muito, muito cuidado e alerta permanente.

O único defeito do Rio é mesmo a insegurança, infelizmente. Eu já tinha ido ao Brasil (Porto Seguro na Bahia, Natal, Porto Galinhas e Fortaleza) e não me senti em perigo iminente. Era mais jovem e inconsciente, mas sempre fui medrosa, por isso sei do que falo.

Para começar, eu nunca andava com mala. Punha as coisas num saco de supermercado e seguia caminho. Nada de muito chamativo, a atracção nº1 dos bandidos são os iPhones, então os nossos telemóveis iam camuflados com capas discretas e só tirávamos fotos com eles quando nos sentíamos 'à vontade'. No final de cada dia fazíamos backup das fotos dos iphones no hotel. A máquina fotográfica tinha um cartão de memória para cada dia. Podiam-nos tirar a máquina mas pelo menos as fotos já cá cantariam.

Ainda nos aventurámos com a go pro na praia, dentro de água (houve dias em que a água estava transparente tipo Caraíbas!), filmei os nossos passeios no calçadão como se tratasse de uma máquina de espionagem. A go pro é tão pequena que cabe na palma da minha mão.

Depois na noite do Reveillón ficámos mesmo na beira da água, vestidos de branco, com cuecas vermelhas e amarelas (lá usa-se o amarelo), jogamos flores de palma no mar, saltámos mais do que sete ondas, o ambiente era bem energizante. Os fogos de artifício são de cortar a respiração! Estávamos maravilhados! Tirámos fotos, filmámos, tirávamos selfies, encantados. Quando estávamos a apreciar os útimos segundos veio um grupo de jovens e pimba! Roubaram logo 2 telemóveis mesmo à nossa frente, à descarada, tal como se vê nas reportagens na net. Foi surreal. Apercebemo-nos do arrastão e saímos de fininho. Enfiei-me no hotel e só depois de emborcar meia garrafa de espumante é que arranjei coragem para descer novamente e dar uma volta no meio do 'povo' vestido de branco, A animação era grande, mas a quantidade de pelintras pelo meio ainda era maior. 

A partir daí não facilitámos mais. A go pro ficou guardada e fotos só com um dos dois a vigiar. O problema é que os malandros estão a perder o medo da polícia. Por mais que esteja tudo policiado, vale a pena o risco. Um iphone que cá custa 800€, lá custa 2.000€. Mas é cómico (para não dizer trágico) ver miúdos desfavorecidos (favelados, como dizia o outro) com iphones 7 e outras preciosidades do género. Um absurdo.

Regressarmos sãos e salvos com todos os nossos pertences intactos foi um grande feito para nós, acreditem. Agora devem perguntar-se como é que se pode gostar tanto de um sítio onde o pânico é permanente??!! Não sei. Senti-me em casa. Mas uma casa onde não se chora o fado, uma casa onde cada dia é um dia, onde também se trabalha, onde as pessoas são amistosas, o ambiente é de muita saúde, alegria, descoberta, sei lá!

Se trocava por Lisboa...não!! Lisboa é a minha baby, o meu porto seguro. Se acabasse a violência no Rio? Epah...who knows? Talvez uma temporada.

Dicas para uns dias tranquilos no Rio? Vou escrevendo assim que tiver mais tempo, prometo.