sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Sephora, temos de conversar...

...tenho-te andado a trair.

É isso mesmo. Desde quando? Desde que fui atraída por uma montra da Perfumes & Companhia que gritava 20% de desconto em tudo. Aderi ao cartão de cliente e juntei-o a mais uma centena deles que guardo numa carteira só para esse efeito. Julguei nunca mais voltar a pecar nesse sítio, mas depois vieram as mensagens de mais uma semana de promoções, tudo a 20%. E lá fui eu outra vez. E mais outra vez.
Quando dei por mim já tinha quase 20€ em pontos acumulados (eu nem sabia que andava a acumular pontos). Eu 'poupo' 20% e ainda acumulo pontos (€€€)??!!

E é uma empresa 100% portuguesa (pelo menos é o que nos fazem crer).

Por isso, sim, Sephora, parece-me que vou trocar-te pela minha nova amizade. Negócios são negócios, sabes como é.

Mas não te abandonarei para sempre, afinal há produtos da marca Sephora que eu adoro e não troco por nada, para além de só tu venderes produtos da Benefit.

Não fiques triste Sephora, pode ser que reconquistes o meu bolso novamente.

Beijinhos e sem mágoas, sim?

P.S- Não, ninguém me pagou para dizer nada...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A história de uma mala trocada

Quem nunca se enganou e pegou na mala de viagem de uma outra pessoa e só no meio de cuecas e roupa que não é nossa é que reparamos no big mistake, huge mistake?
Eu.

Já vi acontecer a amigas minhas e muito recentemente foi a vez do Guapo.

A minha mala é fácil de distinguir, tem uma cor forte e já tem defeitos que eu miro logo à distância. A minha mãe sempre teve pânico de lhe perderem as malas (nos vôos) então põe laços e laçarotes de todas as cores para saber que aquela mala pirosérrima é dela e que ninguém lhe toque.

Quando andamos de autocarro ou comboio não nos lembramos que situações de troca de bagagens pode sempre acontecer. Trocas, esquecimento, roubos, etc. Pois bem, o Guapo chegou de autocarro e tratou logo de ir buscar as malas para apanhar o metro no mesmo segundo para chegar a casa em dois. A pressa é inimiga da perfeição e, já quando estávamos a pôr o pé dentro do vagão do metro é que o Sr. Despassarado reparou que aquela mala preta não era a dele (eu bem que avisei que o preto é uma cor pesadelo para malas de viagem).

Sabem o que é que nos passa pela cabeça naquele minuto? Todas as asneiras deste planeta. Em português, inglês, francês, chinês, tudo! E principalmente a incredulidade. 'Não acredito! Eu não acredito! Não posso crer! E agora?'. Em modo repeat.

As minhas pernas pareciam chumbo com os nervos, não conseguia correr. Depois de voltar tudo para trás, de andar a saltitar de uma pessoa para a outra, que é mais responsável, que chuta para o outro departamento, que remata para o ponto de atendimento que já está fechado, o que nos resta? Resignação.

A mala do Guapo tinha o MEU portátil lá dentro e uma máquina digital novinha em folha. Ah, e as chaves de casa. Tudo para correr bem. A mala que ele trouxe por engano era de uma senhora com quase nada lá dentro. Se estivessemos perante uma pessoa mal intencionada, quem não trocaria meia dúzia de trapos por um portátil xpto e uma máquina fotográfica de topo?

Em modo cabisbaixo lá decidimos que ir para casa era o melhor remédio. No dia a seguir logo nos poríamos em campo para descobrir onde estaria a mala do Guapo. Coitado, ele sentia-se tão mal, estava com uma cara de meter dó. E eu sem saber como consolar. Por um lado estava chateada, o portátil era o meu, por outro lado, são enganos que toda a gente pode cometer em qualquer altura e o meu mais.que.tudo espelhava um sentimento de culpa que só dava vontade de pegar ao colo e fazer festinhas.

Neste caso a SORTE esteve do nosso lado nesta confusão toda. Mais uma vez, prestes a meter o pé no vagão do metro o Guapo olhou para uma coisinha plástica na parte detrás da mala e perguntou-me se eu sabia o que era. Eu olhei com descrença e disse que era onde se deve pôr o contacto (mas que ninguém põe). Com unhas e dentes conseguimos deslizar a pecinha que trazia a informação que nos podia salvar: o contacto de uma pessoa.

A partir daí foi tudo à filme. Eu liguei à senhora, que nem se tinha apercebido da troca (how is it possible??), fomos buscar o carro e voámos até à porta da casa da senhora que por sorte a nossa era uma pessoa de bem e correcta que nos devolveu tudo intacto. Nós respirámos de alívio. Eu senti-me abençoada no meio disto tudo.

Mantive sempre a calma e nunca chamei nomes ao Guapo. Que podia tê-lo feito, nestas alturas estamos autorizados a tudo, não é? Mas como eu é que sou conhecida por ser distraída, e sou, achei melhor ficar caladinha e guardar o dedo acusador para outras alturas.

UFFFAAAAAA!!!!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Apaguei o ultimo post

Ainda me podia dar chatices. E isso é coisa que eu dispenso e até tenho para oferecer!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O drama de ir morar junto

Não foi drama. Não está a ser um drama. Mas tinha tudo para ser. Morava sozinha há já dez anos. Ser dona e senhora do meu reino durante tanto tempo podia ter deixado marcas e hábitos irreversíveis. No entanto, a verdade é que eu sou uma pessoa que se adapta relativamente bem às novas situações. O tempo que estive em Bcn também ajudou. Dividir a casa com estranhos, homens ou mulheres, é uma aventura e descoberta diária. Aprendemos a respeitar regras ( ou a impor regras), calendários, gestão de espaço e brigas.
Com o Guapo fui-me mudando gradualmente. Por norma era sempre eu a dona do reino e os príncipes/sapos entravam e saiam do meu espaço. Agora é o contrário. Eu fui para o reino do Guapo. Mas um reino recém criado e imaginado por nós. Há sempre cedências dum lado e do outro, mas tem de ser.
O Guapo é fanático das arrumações. Já eu tenho o filtro do 'chinelo fora do sítio' meio desligado. Não que seja desarrumada, mas não me incomoda nada ter três livros na mesa de cabeceira. À vista. Nem me incomoda ir dormir e deixar as almofadas do sofá por arrumar. Na minha casa, não tinha máquina de lavar loiça, então deixava a loiça do jantar no lava loiça e só despachava no dia seguinte. Agora NUNCA faço isso. Fica logo tudo arrumadinho na máquina. Podia enumerar todas as coisas que tivemos/temos de adaptar um ao outro, mas não vale a pena. O ponto que eu queria chegar é o seguinte: a cor.
A cor??! Sim, a cor.
Somos os dois arquitectos e muito opinativos. Temos uma visão estética parecida em muitas coisas, só que eu sou mais eclética ( ou cata-vento) e ele é um purista. Por ele TUDO era branco minimalista. TUDO! Eu gosto de branco, mas também gosto de cor. Eu já tive cortinados cor de laranja!! Depois fartei-me. Paredes azuis, rosa, verde, tudo depende da tonalidade para ficar um resultado giro. Já experimentei de 'quase' tudo. Depois farto -me ( que é a desvantagem das cores) e mudo tudo. É a minha costela de decoradora, ou como ele carinhosamente diz, de 'pirosa'.
A verdade é que fazendo cedências aqui e acolá vamos tendo brancos (em quase tudo) e apontamentos de cores neutras (cinzas, pastéis). Um dia hei-de chegar às cores. Um dia!
Agora onde não consigo mesmo convencer nem chegar a acordo são os meus lençóis cor de rosa. São giros, a sério que são. São as riscas de um rosa forte, ou lisos em rosa indiano. Nopes. Sem chance. Vou ter de levá-los para a casa dos meus pais. Por ele eu nunca mais na vida dormiria em lençóis cor de rosa, mas agora vai ter de os gramar cada vez que for ao Algarve. Eu não me incomodo com os lençóis azuis, mas ele com os rosa é que não. Enfim, não entendo. Em minha casa nunca se queixou, o sonso.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O que mais me chateia é ficar a remoer

Ser arquitecto neste país é tramado. Para não dizer outra palavra.
Quando me contactam para pedir uma proposta de honorários eu faço por ter uma conversa com a pessoa/ possível cliente para tentar perceber quais os objectivos essenciais do projecto, se é simples, ou complexo, se inclui todas as fases, etc. Em mil propostas é capaz de avançar uma. E mesmo assim...
O mercado e a realidade nacional é assim mesmo. Mas não é esta a minha questão. O que me 'atormenta' é uma pessoa/possível cliente, indicada por um outro colega meu (que diz não ter tempo...estranho) e que me contactou por email. Enumerou as suas dúvidas, dando para notar que tinha andado a apalpar o terreno. Respondi com o maior rigor possível às suas questões, mas faltava-me um elemento necessário para poder apresentar valores. Dei o meu nº telemovel caso não tivesse, sugeri uma reunião caso estivesse interessado. Que nada. Findo algum tempo respondeu-me de volta com imensas (outras) questões técnicas de obra muito objectivas e com linguagem de...engenheiro? Seria?
Eu respondi, mais parcamente, com menos ingenuidade e apresentei a proposta de honorários. Podia ter baixado mais o valor? Podia. E isso é que me deixa a remoer, o que é estúpido. Foram umas três horas a responder a 'dúvidas', que num advogado ou médico já seriam umas centenas de euros, mas eu como arquitecta sinto-me mal por ter prestado um serviço gratuito e ter levado como resposta...a total ausência de resposta. E depois ainda dizem que somos arrogantes e que com tanto arquitecto a passar fome ainda se arma em fina.

Por isso é que devemos a andar a passar fome, não conseguimos com que valorizem a nossa profissão porque tirar dúvidas é o mesmo que dar palpites. Se for um arquitecto, claro está.

Claro que às vezes aparecem clientes soberbos. Raros, mas deliciosos de se trabalhar. Exigentes, mas flexíveis. Entusiastas mas razoáveis. E é nessa expectativa que encaro sempre uma nova proposta.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Na busca do melhor chocolate quente de Lisboa e arredores

Quando fui a Frankfurt há uns anos atrás, apanhei o maior frio da minha vida. Era Outubro e lá já era inverno. Claro que não ia trajada para tanta frieza. Para me ir mantendo viva entrava em lojas e cafés uma vez por outra para retomar a corrente sanguínea. Um dos cafés escolhido absolutamente ao calhas porque tinha começado a chover provei o melhor chocolate quente da minha vida. Aquilo nem dava para beber tal era a consistência. A colher quase que ficava em pé de tanta espessura. Que delícia! Fiquei com essa iguaria no paladar até hoje. Da Suiça à Dinamarca, passando por Berlim e Munique, nunca mais encontrei um chocolate quente daqueles.
Mas ando na procura!
No Natal provei um chocolate quente jeitoso numa chocolateria na Rua da Misericórdia (não me lembro do nome). Estava tão quente, tão quente, tão quente que só consegui provar meia hora depois. Com a mão quentinha, quase a ferver de tanta espera. Pedi para colocarem num copo tipo Starbucks para continuar a minha passeata.
O último foi no Choupana (Av. da República). Gostei bastante. Depois de arrefecer ligeiramente ficou com a espessura desejável, mas não ao ponto de deixar a colher em pé. É de repetir para ficar com mais certezas, mas não O tal.
Entretanto se alguém avistar um chocolate quente aveludado e espesso é favor de apitar aqui. Quero provar!!

Entretanto encontrei aqui uma justificação que diferencia o Chocolate quente e o Cacau quente.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Dei 100€ por um creme

Ainda não estou em mim.
Eu, que ando a ver onde é que a courgete é mais barata, corro ao Continente no último dia para aproveitar os vouchers de promoção, compro vouchers da Groupon, Lifecooler, Goodlife e companhia para poupar nas comezainas, ando sempre à espera dos saldos, depois um dia vou à farmácia levantar os medicamentos e cremes que a minha (nova) dermatologista indicou e fiquei sem pinga de sangue.
Nem tive pio para mandar para trás a encomenda, a coitada da empregada já tinha emitido a factura. Cem óiros só num creme à base de uvas para prevenir perda de firmeza no pescoço e colo. Não que esteja maltratada, só queria um creme preventivo... E devo ficar prevenida por trinta anos, com certeza. O resto ainda somou uns tantos cobres, mas superáveis. Cem euros por um creme??!!

Ainda me dói o bolso.

Vida de pobre!