terça-feira, 25 de março de 2014

Fim de semana no Luxemburgo

Mais um presente de aniversário, mais uma voltinha. Por mim podiam oferecer-me sempre viagens que eu adoro. É daquelas coisas que nem pisco duas vezes sobre o que podia ter poupado, ou comprado na Zara, com aquilo que gastei nesta ou naquela viagem.
 
Desta vez fomos até ao Luxemburgo. Como basicamente só tinhamos um dia inteiro na cidade, focámo-nos só na ville e não nos aventurámos a explorar mais além.
 
Como se sabe o Luxemburgo é um país mínimo, praticamente do tamanho do nosso algarve. Em proporção do país, a capital Luxemburgo City, também é pequena. Se um dia dá para ver a cidade? Dá e sobra (a não ser que se percam nalgum museu).
 
Pesquisar na net ou encontrar guias sobre o que fazer no Luxemburgo não é fácil. Para não variar, os blogues brasileiros são os que têm mais dicas. Afinal, eles são apaixonados por viagens e ficam deslumbrados por qualquer cantinho da Europa com ruas arranjadas, fachadas trabalhadas e gente civilizada. Melhor para nós, assim ficamos entusiasmados com o que iamos ver e ao mesmo tempo fomos com a mente descansada para um fim-de-semana de descoberta e tempo para namorar também.
 
Resumindo. O vôo foi da Easyjet, directo de Lisboa-Luxemburgo. O aeroporto é pequeno mas muito funcional, tem lojas e muitas cadeiras para apanhar seca à espera do vôo. O avião ia carregadinho de portugueses emigrantes...e na chegada no aeroporto estavam ainda mais portugueses à espera dos familiares do vôo. Comprámos o bilhete de autocarro no aeroporto (na máquina que fica mesmo por trás dessa tal multidão de portugueses que aguardam os familiares com uma ansiedade infinita). Depois subimos no elevador, avistámos o Bus 16 e enfiámo-nos lá dentro.
 
A meio do trajecto é que nos lembramos que convinha saber em que paragem é que tinhamos de sair. Como mesmo ao nosso lado iam duas simpáticas portuguesas (viram o filme Gaiola Dourada? Pois, são iguaizinhas!) aproveitamos e pedimos ajuda. Nada que saber, avistámos o nosso hotel pela janela e foi só carregar no stop para sairmos.
 
O hotel supostamente era de 4 estrelas, maaaaaas....com sorte era um três estrelas. Todos muito eficientes, o quarto também era eficiente, mas não tinha o calibre para um quatro estrelas (só o preço!). Realmente a nossa hotelaria tem muito mais qualidade em termos comparativos. Só um apontamento, na recepção foi a primeira (e quase única) vez que cruzámos com um luxemburguês. E parou por aí. Atrevo-me a dizer que 80% das pessoas que interagimos no Luxemburgo falavam português. Há uma comunidade portuguesa realmente gigante neste país.
 
Acordámos bem cedinho e aproveitámos ao milimetro o imenso dia de sol e algum calor que S. Pedro nos presenteou. Ao caminhar pela Av. de la Liberté demos de caras com bancos com a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santo com as suas publicidades nas montras totalmente escritas em português. É algo bizarro, imaginem uma cidade com um tipo de arquitectura e urbanismo do centro da Europa mas com uma população portuguesa.
 
Na Place Guillaume II está um posto de informação turístico e foi lá que arranjamos mapas (um deles até tem sugestão de percurso) e informação sobre as Casamates.
 
A cidade estava quase toda em obras, então muitos dos sítios que queríamos ver não ficaram famosos na fotografica (física e mental), mas para nós tudo bem. Obras=trabalho=melhorias nas vias e edificado. Percorremos todas as ruas e praças do centro histórico da cidade, vimos a Place D'Armes a despertar e também foi lá que a vimos adormecer. Esta praça ficou especialmente interessante pela vivência das pessoas. Com uns raios de sol e uma temperatura amena, as esplanadas encheram-se de gente e movimento. Sentámo-nos por momentos num dos bancos, só para sentir o pulsar da cidade. De facto, turistas não se viam muitos. Os locais, portugueses, luxemburgueses, ucranianos, ingleses, americanos, raiavam bem estar em cada copo de vinho branco que degustavam. Adorei!
 
Lanchamos na Casa do Chocolate (mesmo em frente à la Chambre des Deputées - perdoem-me o mau francês), com bolos magnificos e de deixar KO qualquer guloso. E não, o chocolate quente não de deixar a colher em pé, embora o chocolate venha numa colher.
 
Almoçamos numa esplanada deliciosa em Grund (vila baixa, origem da cidade com os artesãos) depois de termos visitado as Casamates (as únicas que estavam abertas nesta altura do ano - Bock). Vale muuuuito a pena visitar este percurso escavado na escarpa, a história da origem dos mesmos é arrepiante - valor do bilhete 3€). Em Grund ainda fomos espreitar a igreja de São João Baptista onde nos cruzamos com dezenas de senhoras luxemburguesas a sair da missa (em cadeira de rodas, de canadianas, de maca, a vontade faz a força).
 
As vistas são deslumbrantes a partir da Corniche (género de percurso com vista para o vale e pontes) e a Catedral também é ponto obrigatório. A entrada passa desapercebida, mas tem uns puxadores em forma de anjos incriveis. Engraçados, pronto.
 
Para jantar optamos por um restaurante de fondues na Place D'Armes. Não é fácil encontrar uma gastronomia típica do Luxemburgo porque basicamente ela não existe. Tem o fondue da Suiça, as salsichas da Alemanha, os queijos de França, só o pastelinho de nata bem português é que não avistamos. E é uma pena, aposto que teria imenso sucesso. Eles têm pastelarias com bolos soberbos. Lindos, lindos, lindos. Parecem montras de Paris.
 
Ao sábado de manhã é imperdível o mercado na Place Guillaume II. Cheeeeeio de flores (tulipas maravilhosas, fresias frescas) e petiscos: o bom do frango assado - os japoneses faziam fila para a perna do frango assado; queijos dos mais variados tipos, pães alemães, pães turcos (tive de comprar, tão bom!); doçaria italiana (com pistachio, deliciosos!!!!); muito por onde escolher. Só não trouxe tudo o que quis por falta de espaço na bagagem.
 
Por fim, apanhamos o mesmo autocarro que nos iria mais tarde levar para o aeroporto (mas o Bus 1 penso que também faz o mesmo percurso) para a zona nova da cidade e que se desenvolve ao longo da via rápida. O nosso objectivo era visitar quanto possivel os novos edificios mais emblemáticos da zona, como por exemplo a Filarmónica. Acabou por ser o unico edificio que conseguimos ver pois o S. Pedro fez cair uma carga de água repentina que nos deixou ensopadinhos até aos ossos.
 
Uma dica para quem colecciona imans para o frigorifico: no aeroporto estão a metade do preço do que nas lojas de souvenirs. Pode ter um pouco menos de variedade, mas na realidade os imans não são de grande beleza e variedade mesmo.
 
Em todos os locais que entrámos, restaurantes, cafés, lojas, os empregados quando percebiam que eramos portugueses e andavamos às aranhas com o francês lá se revelavam na sua lingua materna. Por isso não tivemos qualquer dificuldade na compreensão do que quer que fosse.
 
São fãs de Porsches? Lá há às pazadas. De enjoar mesmo. Brancos, amarelos, descapotáveis, há de tudo, a toda a hora, em qualquer esquina. Vive-se bem neste paraíso fiscal ;)
 
Mais dicas aqui, aqui e aqui.
 
Eu fiquei sem uma única foto da viagem, não conseguimos tirar do cartão de memória, estou tão triste. Vou ver se consigo que alguma casa de fotografia me consiga fazer algum milagre.
 
Nós adorámos o nosso fim de semana no Luxemburgo, foi calmo e cheio de actividades. Chegamos a Lisboa satiafeitos e não de rastos com a canseira (que é uma canseira boa, diga-se).

quinta-feira, 20 de março de 2014

Primavera, já?!

Chegou a hora do desporto: esplanar!!
Dia sim, dia sim.
Até que enfim!!!!
 
Agora é arranjar 'calo' nos pés para conseguir voltar a calçar sabrinas e sandálias.

terça-feira, 18 de março de 2014

Quando a morte passa por nós

Foi assim que me senti ainda há pouco.
Ia a atravessar a estrada, na passadeira claro, quando oiço um grande estrondo. Olhei para a direita e só vejo um homem com capacete branco a voar por cima dos carros e aterrar no asfalto.
O casalinho que estava à minha frente correu para ver como estava o motociclista, um outro homem só gritava para a senhora (já de alguma idade) que ela tinha passado o vermelho. Ela chorava e dizia que por causa do reflexo do sol não conseguiu ver a cor do sinal, eu agarrei-me ao telemóvel a ligar para o INEM. O homem estendido no chão não se mexia, eu estava prestes a desmaiar. Afastei-me e lá o vi a mexer as pernas e depois um braço. Ufaaa! Para já estava vivo. E lá ficou. Entretanto vim-me embora com a sensação que aquela brisa que eu tinha sentido na cara ao chegar à passadeira devia  ter sido a morte a passar de mansinho...Passou ao lado, felizmente. Se o motociclista não tivesse ido contra ela se calar levava-nos a todos que estavam na passadeira.
Podia ter sido com qualquer um. Este sol de fim de tarde cega-nos. Peões e condutores. A senhora estava branca e só se agarrava ao carro para não cair.
Que é culpada, é. Mas se calhar já substituíam os semáforos por aqueles mais ofuscantes que com sol ou menos sol são sempre perceptíveis.

Ainda estou a tremer! Que raio de fim de tarde. Espero que tudo se resolva pelo melhor.
Eu já decidi que em vez de ir ao Pingo Doce comprar salada vou mas é à Telepizza aproveitar a promoção do leve 3 e pague 1. Isto hoje foi por pouco!

Eu sei que já disse isto, mas....

Às vezes tenho a sensação que sou a única pessoa à face da terra sem iPhone.
Tenho um iPad e utilizo-o imenso. Mesmo que não tivesse sido oferecido eu tinha comprado um. Facilita-me no trabalho, nas férias, em casa, tudo. Agora o preço de um iPhone ser igual ou superior a um iPad é que não entendo.
E pessoas que compram iPhones e só utilizam para fazer chamadas, só digo uma coisa: que desperdício!

Trocamos?

:)

terça-feira, 11 de março de 2014

Espero que não se pegue

É este o pensamento que temos quando alguém perto de nós se vai separar.
Custa acreditar que aqueles amigos, de quem assistimos o casamento de conto de fadas, que já passaram por tanta coisa e superaram, que cresceram juntos, que sempre os vimos como fazendo parte um do outro, agora vão-se separar. Porquê? Porque o sentimento de paixão deu lugar ao de fraternidade.
 
Será isso uma razão válida? A paixão não dura 12 anos, é natural e parece-me óbvio. Os sentimentos transformam-se e é tão bom ter o nosso parceiro como melhor amigo. Mas claro que continua a ser o nosso homem!
 
É tramado quando nos dizem que já não nos querem porque nos veem como irmãos, já não sentem atracção por nós. Que fazer? Gritar? Ralhar? Bater? São sentimentos, ora bolas! Eu tenho a certezinha absoluta que deve já haver uma terceira pessoa no caminho. Ninguém sai de uma relação tão coesa com a certeza que aquilo que sente não é suficiente. Com toda a certeza que existe outro alguém que está a despertar sentimentos e sensações adormecidas, que já nem nos lembravamos.
 
E é tão boa essa fase. Os nervos, a ansiedade, o sorriso estúpido estampado na cara a toda a hora, as mensagens melosas e atrevidas a toda a hora, a novidade, a descoberta... Mas depois, essa fase passa. E dá lugar ao companheirismo, ao combate diário contra a rotina, e aí logo se verá se a decisão foi a mais acertada ou não. Porque na realidade, passando a fase inicial do entusiasmo, tudo vai voltar ao mesmo. A chave está na maneira como lidamos com a maré mais calma.
 
Enfim, neste caso (e contrariamente a todas as expectativas dado o mau feitio) foi ela que se quis separar. O facto de não ter vontade de ter filhos com o companheiro de sempre fê-la pensar (e consultar o psicólogo). E chegou a esta bonita conclusão.
 
Bem, mas cada um sabe de si e o que é melhor para si. Eu só não quero é más energias para estas bandas e que não me ponham o Guapo a emprenhar pelos ouvidos com perguntas do género: Nunca discutem, está sempre tudo bem, será que isso é bom? ....como já me fizeram. Felizmente, eu acho que a minha mente ainda está sã e por agora não tenho tido necessidade de um psicólogo (há-de chegar o dia), mas quando me começam com estas questões a pôr tudo em causa, até tremo! Certezas? Nenhumas. Mas se estou super bem agora, porque é que hei-de sequer questionar se é normal ou não???!!!

segunda-feira, 10 de março de 2014

A viver intensamente

Depois de meeeeeses a aninharmos-nos no sofá, no sábado à noite, de repente deu-nos para ramboiar todos os fins-de-semana. Foi na passagem de ano em Copenhaga. Foi para matar saudades do Urban Beach (e tão bom que foi). Foi para festejar o Carnaval, e que festão! Arriscamos e metemo-nos naquela festa nas cavalariças do Pestana Palace (antigo palácio de Valle Flôr), chamava-se Mascarade. Agora mais recentemente aproveitamos o Restaurant Week e fomos jantar ao Kais (magnifico) para de seguida abatermos a comezaina na pista do Skones (o que eu me ri!).
 
Pelo meio tivemos 4 festas de aniversário e eu uma girls night out. Tudo isto misturado com dias a trabalhar até à meia noite e fins de semana agarrados aos portáteis em cada intervalo.
Na quinta vamos de viagem e eu não sei como vou deixar tudo pronto e bonitinho até lá. Hei-de conseguir, mas cheira-me que vou andar sem dormir uns dias....
 
Kais - vale muito pelo espaço, extrema simpatia dos empregados, comida deliciosa, tudo de bom!!