terça-feira, 18 de março de 2014

Quando a morte passa por nós

Foi assim que me senti ainda há pouco.
Ia a atravessar a estrada, na passadeira claro, quando oiço um grande estrondo. Olhei para a direita e só vejo um homem com capacete branco a voar por cima dos carros e aterrar no asfalto.
O casalinho que estava à minha frente correu para ver como estava o motociclista, um outro homem só gritava para a senhora (já de alguma idade) que ela tinha passado o vermelho. Ela chorava e dizia que por causa do reflexo do sol não conseguiu ver a cor do sinal, eu agarrei-me ao telemóvel a ligar para o INEM. O homem estendido no chão não se mexia, eu estava prestes a desmaiar. Afastei-me e lá o vi a mexer as pernas e depois um braço. Ufaaa! Para já estava vivo. E lá ficou. Entretanto vim-me embora com a sensação que aquela brisa que eu tinha sentido na cara ao chegar à passadeira devia  ter sido a morte a passar de mansinho...Passou ao lado, felizmente. Se o motociclista não tivesse ido contra ela se calar levava-nos a todos que estavam na passadeira.
Podia ter sido com qualquer um. Este sol de fim de tarde cega-nos. Peões e condutores. A senhora estava branca e só se agarrava ao carro para não cair.
Que é culpada, é. Mas se calhar já substituíam os semáforos por aqueles mais ofuscantes que com sol ou menos sol são sempre perceptíveis.

Ainda estou a tremer! Que raio de fim de tarde. Espero que tudo se resolva pelo melhor.
Eu já decidi que em vez de ir ao Pingo Doce comprar salada vou mas é à Telepizza aproveitar a promoção do leve 3 e pague 1. Isto hoje foi por pouco!

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