terça-feira, 11 de março de 2014

Espero que não se pegue

É este o pensamento que temos quando alguém perto de nós se vai separar.
Custa acreditar que aqueles amigos, de quem assistimos o casamento de conto de fadas, que já passaram por tanta coisa e superaram, que cresceram juntos, que sempre os vimos como fazendo parte um do outro, agora vão-se separar. Porquê? Porque o sentimento de paixão deu lugar ao de fraternidade.
 
Será isso uma razão válida? A paixão não dura 12 anos, é natural e parece-me óbvio. Os sentimentos transformam-se e é tão bom ter o nosso parceiro como melhor amigo. Mas claro que continua a ser o nosso homem!
 
É tramado quando nos dizem que já não nos querem porque nos veem como irmãos, já não sentem atracção por nós. Que fazer? Gritar? Ralhar? Bater? São sentimentos, ora bolas! Eu tenho a certezinha absoluta que deve já haver uma terceira pessoa no caminho. Ninguém sai de uma relação tão coesa com a certeza que aquilo que sente não é suficiente. Com toda a certeza que existe outro alguém que está a despertar sentimentos e sensações adormecidas, que já nem nos lembravamos.
 
E é tão boa essa fase. Os nervos, a ansiedade, o sorriso estúpido estampado na cara a toda a hora, as mensagens melosas e atrevidas a toda a hora, a novidade, a descoberta... Mas depois, essa fase passa. E dá lugar ao companheirismo, ao combate diário contra a rotina, e aí logo se verá se a decisão foi a mais acertada ou não. Porque na realidade, passando a fase inicial do entusiasmo, tudo vai voltar ao mesmo. A chave está na maneira como lidamos com a maré mais calma.
 
Enfim, neste caso (e contrariamente a todas as expectativas dado o mau feitio) foi ela que se quis separar. O facto de não ter vontade de ter filhos com o companheiro de sempre fê-la pensar (e consultar o psicólogo). E chegou a esta bonita conclusão.
 
Bem, mas cada um sabe de si e o que é melhor para si. Eu só não quero é más energias para estas bandas e que não me ponham o Guapo a emprenhar pelos ouvidos com perguntas do género: Nunca discutem, está sempre tudo bem, será que isso é bom? ....como já me fizeram. Felizmente, eu acho que a minha mente ainda está sã e por agora não tenho tido necessidade de um psicólogo (há-de chegar o dia), mas quando me começam com estas questões a pôr tudo em causa, até tremo! Certezas? Nenhumas. Mas se estou super bem agora, porque é que hei-de sequer questionar se é normal ou não???!!!

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