sexta-feira, 18 de agosto de 2017

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Às vezes acho que vivo noutro planeta....só há pouco é que vi as notícias sobre Barcelona. Aconteceu ontem e só hoje é que me apercebi da gravidade da situação. 
A minha Barcelona...estou desolada!!! 


Como é em vossa casa?

Tenho uma senhora que me vem ajudar na lida da casa uma vez por semana. Três horinhas. Quem tem casa pequena, poupa nas horas, pois claro. Vamos chamar esta senhora a D. Furacão.

Eis senão que a senhora D. Furacão (com quem me dou lindamente) chega sempre atrasada meia hora, maaaaas...sai à hora certa. Ou seja, pago-lhe três horas e ela faz 2h30. Que ela é um furacão nas limpezas é verdade. Bem vejo nos meus rodapés cheios de falhas da violência do aspirador a bater. 

No outro dia até se deu ao luxo de sair 15 minutos (ainda) mais cedo. Eu não tive coragem de dizer nada pois via-se que a senhora estava de rastos, não tinha dormido nada por causa da mãe acamada em casa. 

Posto isto, no outro dia veio dar-me o recado para eu desocupar as estantes do escritório para ela poder limpar aquilo como deve ser. E eu fiquei com cara de parva. Para mim a pior parte de limpar o pó é ter de tirar os livros todos e aquela tralha toda das estantes, o limpar em si é rápido! 
O que me faz colocar a seguinte questão:
- a limpeza do pó é feita a contornar obstáculos, certo?
- as vossas senhoras fazem o mesmo?
Acham que ela anda a gozar comigo? Ou será que é normal? 

Outra coisa, a D. Furacão não limpa banheiras nem interiores de microondas ou fogões. Também é normal?
Bem sei que quem chega ao nosso palacete parece tudo muito limpo e arrumado, mas limpo não está! Móveis brancos? Lacados brancos alto brilhos na cozinha (never, ever more!)? Dedadas everywhere!! Será que só eu é que vejo?

Estou a achar que a minha bondade está a ser confundida com nabice. 

Não quero parecer aquelas 'patroas' que só sabem falar mal das 'empregadas', mas isto está a moer-me o juízo. No início não era assim. 

Claro que é sempre mais fácil limpar sobre o limpo (especialidade do senhor meu pai). A D. Furacão sai e eu vou lá tirar as manchas do inox, lavar a banheira, polir as torneiras, passar o pano húmido nas prateleiras para tirar mesmo o pó, enfim, não demoro mais de meia-hora...a tal meia-hora do atraso constante! Ora bolas!

Depois faz-me o choradinho do cigano (que eu O-DEI-O), que não pode dispensar as horas que faz extra emprego (sim, ela trabalha como efectiva numa empresa e recebe acima do ordenado mínimo) porque 'a vida está difícil'. Um dia, em conversa solta, disse-me o quanto recebia e quanto pagava de renda (40€ no centro de Lisboa, chorem amigos, é mesmo verdade). Eu fiz as contas por baixo e cheguei à conclusão que a D. Furacão ganha mais do que eu por mês. E a diferença não é pouca. Agora pergunto-me, porquê o falso choradinho pelo dinheiro???!! Sempre a queixar-se, seeeempre...

A grande mais valia da D. Furacão é que é uma pessoa de confiança, e meus amigos...em Lisboa isso vale ouro! Mas no entanto, fico na dúvida...será normal isto tudo?!

Não tenho jeito nenhum para patroa.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Quando nos morre um pai de um amigo

Morre-nos um pouco da alma. As dores do crescimento não páram, a adultez sucks!
Não há palavras, não há consolo para quem fica orfão de pai ou de mãe. Ainda mais de pessoas que nos são como irmãos. O pai do amigo era como um 'tio' nosso. Viram-nos chegar nas suas vidas ainda imberbes, com borbulhas na cara e inocência em todos os poros, amigos dos filhos que vieram para ficar. O tempo passou, nós crescemos, mas o respeito pelos nossos 'tios' mantém-se. Só eles para nos fazerem sentir adolescentes outra vez, sem falsas posturas, sem voz bem colocada, sem pose estudada, somos nós, os mesmos meninos de sempre.

É tempo de dizer adeus a um desses 'tios' e é tão triste. Tão repentino e tão injusto. Cá ficarão os filhos de coração partido, uma esposa desolada sem o seu better half, e nós aqui impotentes para dizer que vai tudo passar, porque sabemos que não vai. 

Enfim, não vamos pensar...não vamos sentir...vamos andar.

domingo, 13 de agosto de 2017

Eu tenho um plano

Ultimamente andava angustiada por andar a viver a minha vida sem um objectivo específico. Mas decidi que tinha de traçar um plano, mesmo. Pensei: Vamos sentar e pensar. Vamos abrir a mente e pensar com franqueza. Foi o que fiz.

Trabalho, trabalho, trabalho...mas vamos ser sinceros, não vou conseguir manter este ritmo o resto da vida. E na minha profissão, não se dão oportunidades de trabalho a pessoas com mais de 40 anos (ainda falta, calma!). Mas tenho de pensar no futuro, não obstante de ir vivendo a minha realidade actual, day by day.

Claro que a pessoa pode sempre delirar, com um euromilhões e coisas do género. Para isso tenho ziliões de planos, que vão desde o plano A ao plano Zversão100!

Agora descendo à terra, não tenho ambição de montar um atelier e ter pessoas a trabalhar por/para mim. É uma responsabilidade enorme e exige uma dedicação 200%, uma pressão enorme para não falhar o ordenado de ninguém, e não é isso que quero para o futuro. Sei que não posso subir mais no sítio onde estou (a não ser chegar a sócia, mas não me parece viável). Então que perspectivas?

Não sou ambiciosa. Gosto muito do que faço, mesmo muito, e é isso que quero fazer. É pedir muito? Tenho um plano para o futuro, mas preciso juntar um bom fundo de investimento (aí calhava bem um premiozinho do euromilhões). É um plano arriscado, mas sem riscos ninguém avança, certo? O difícil vai ser convencer o Guapo a dar esse salto comigo, ele é super-hiper-mega conservador na área financeira, nas oportunidades de trabalho, etc. Tem a ver com a educação, eu compreendo e respeito. Afinal tudo pode dar hiper certo ou hiper errado. E convenhamos, é difícil distinguir a utopia, delírio total de uma ideia com pés para andar. Até porque no início tudo é difícil, os resultados tardam, é preciso errar e acertar, persistência, sagacidade, esperteza.

Vamos ver se o plano se concretiza (tem de se concretizar), pois o futuro dos arquitectos só a eles diz respeito (cada vez mais).

Em jeito de desabafo...eu devia era ter-me apaixonado pela área de computação, seria tão mais fácil...

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Jumpsuits e wc, vamos ser sinceras?

Como fazem?

Bebo litros de água, mas mesmo quando não bebo, não conto as vezes que vou ao wc ao longo do dia. Por vezes fico horas sentada em frente ao pc e nem me lembro que tenho bexiga, mas assim que me levanto...uiiii! Lá vou eu aflitinha. Se saio de casa é melhor nem pensar em verter águas que fico logo com vontade. Já me aconteceu chegar a uma obra e antes de entrar avisar logo que não posso demorar muito, no fim passam-se duas horas e com a distracção nem me lembrei mais que estava com xixi (é o que chamo de urina psicológica).

Adoro jumpsuits, babo-me por imensos, mas depois vem o lado prático: e ir ao wc como é? Uma pessoa despe-se toda e fica tudo no chão? E se há lixívia, e se está sujo? Como?! É que eu não me sento em sanitas alheias, never, ever!! Sempre exercício dos glúteos, 10 cms de levitação de segurança. Nem falo da arte de se auto-despir e auto-vestir (consigo tocar com as mãos em qualquer ponto das costas), mas e tudo o resto? 

Quando vejo nas revistas super models que bebem litronas de água com drenantes em jumpsuits cheios de laços e fitas nas costas penso sempre o mesmo: qual é o truque? Será que andam com molas nas carteiras para prender a parte de cima à parte de baixo para quando vão à 'casinha'? E ficar com-ple-ta-men-te nua numa casa de banho estranha? E se há uma emergência?

Estou a complicar, não?