quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Vamos falar de almofadas

Tenho mesmo de falar sobre este assunto. Acho que tenho obrigação de partilhar.

Nunca fui uma pessoa mariquinhas com almofadas de dormir. Só não podem ser muito altas porque (também) durmo de barriga para baixo, de resto, andor! Entretanto os anos foram passando, as horas sentada ao computador aumentaram exponencialmente e o pescoço começou a ressentir-se.
Já andava com ideias de mudar de almofada há meses, a minha quase parecia uma folha de papel de tão usada. Ainda mais que com as lavagens ela foi perdendo fulgor. Seja como for, não era uma graaande almofada, era o que era e serviu.

Até que numa semana comecei a acordar com torcicolos todos os dias. Ia passando ao longo do dia, mas de manhã era sempre um sacrifício. Não aguentei mais e pus-me em campo. Precisava de uma almofada nova. E não podia ser uma qualquer, tinha de ser a melhor...para mim!

Tudo o que eu me lembrava era da almofada do hotel - chique - que ficámos em Londres da última vez (que o papai proporcionou), era maravilhosa. Acordava fofa, leve e fresca. E eu queria uma igual.



No entanto, pesquisando na net todos recomendavam as da Tempur. Fui-me informar. A funcionária foi um doce de gente a explicar-me tudinho. E com a explicação percebi que Tempur não é para mim. São almofadas viscoelásticas (ou algo do género) e são indicadas para pessoas que essencialmente dormem na mesma posição (ou de lado ou de barriga para cima, etc) e têm de ser coordenadas com a dureza do colchão. Ora bem, eu sou uma pessoa que roda todas as posturas e não dispenso espalhar-me de barriga para baixo, é tão bom, alongo o estômago e fico magra de tão esticada :) Não dispenso mesmo, embora saiba que seja um castigo para a cervical. Para além do preço que não era muito gentil...110€. Mas se tivesse de ser, seria. Garanto-vos! Estava em modo desespero.

Então, a conselho de um amigo, lá fui à loja do Pato Rico na Av. de Roma verificar a famosa almofada de hotel - parece-me que eles fornecem para hotéis de todo o mundo. Confesso que ia muito desconfiada, almofadas de penas? Tiram as penas dos bichos vivos? E o cheiro? 

Não estive com vergonhas e perguntei tudo o que tinha para perguntar (garantiu-me que as penas e penugens são retiradas dos patos abatidos para o ramo alimentar). É estranho? É. Mas por outro lado, não há coisa mais ecológica, tudo se aproveita. Bem, se calhar sou eu que estou a romantizar a coisa, mas na realidade os nossos casacos de inverno tipo michelin, todos alcochoados, são cheios de penas, só que na maioria das vezes nem nos apercebemos.

A vantagem destas almofadas é que mantêm-se sempre frescas e não retêm humidade. Há de várias opções. Eu escolhi as de 80% penugem e 20% de penas. Quanto mais penugem, mais caras - e há bem mais caras.

Esperei algumas semanas até poder tirar alguma conclusão.

Primeiramente, cheiram mal. Tive de arejá-la bem e até pus perfume de roupa da Zara Home. Passado uma semana já não me cheirava a pelo de cão mal lavado.

Depois, logo na primeira utilização, acordei sem torcicolo. Fofa e fresca.

E é isso mesmo que ela é, fofa e fresca. Adapta-se à postura. Se estou de barriga para baixo, consigo achatá-la, se estou de lado consigo afofá-la e por aí vai. De manhã, dou-lhe uns sopapos e ela ganha aquela forma voluptuosa. Tipo hotel 5 estrelas mesmo.

Como a loja é a mesma que fabrica os blusões da Duffy (lembram-se?), eu agora baptizei a minha almofada de Duffy. Desconfio que se não fosse pelo volume levaria-a para todo o lado (que não fosse 5 estrelas).

Aconselho? Sim, sem dúvida. Quanto custa? É puxadote, mas se pensarmos que é um investimento para alguns anos até nem sai assim tão caro. A minha foi 72€ (dimensões 50x70cms). 

Vão por mim que ninguém me paga por publicidade. Fofa, leve e fresca.

Estou tão in love pela minha Duffy!




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