sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dar ou não dar conselhos?

Sempre que alguma amiga minha desabafa sobre a sua relação, de estar descontente, de ter dúvidas nos seus sentimentos pelo parceiro, da falta de projectos comuns, de achar que aquilo não tem futuro, eu tento não opinar muito.
 
Porque só sei uma versão da história, porque são crises que depois passam e depois ela conta os meus conselhos ao parceiro e ele fica a odiar-me, por uma infinidade de razões.
 
Eu não sei o que é viver com a mesma pessoa sob o mesmo tecto durante 10 anos. Partilhar a mesma cama, as mesma mesa, a mesma casa de banho 10 anos é porque se gosta muito, certo? Quem sou eu para opinar? Eu escuto, eu digo para ela procurar apoio num psicoterapeuta, para falar abertamente com o namorado, para fazer uma viagem e desocupar a mente, um sem fim de coisas que nem eu sei o que digo.
 
Então agora tenho uma amiga que se depara no meio dessa crise e de uma outra crise: a de identidade. Se ela se separa do namorado, fica sozinha. O problema é que ela tem pânico de não arranjar mais ninguém, de ficar uma solitária, de já não ir a tempo de ter filhos (faz 32 anos), enfim...uma complicação!
 
E chora, chora, chora. Isto porque também deu um upgrade na sua imagem, emagreceu 12 quilos (!!!!!!!!!!!!!!) e sente-se com vontade de viver com paixão, de se mostrar mais, de ter outra vida. Só que tem medo...
 
Os meus conselhos mais honestos e desprovidos de consequências seriam:
-  Pede um 'tempo' ao namorido e volta para casa dos pais, aluga uma casa, pede transferência no trabalho para ir uns meses para fora. Qualquer coisa para ficar loge e observar o panorama de fora;
- Ir à psicoterapeuta e encontrar a resposta dentro de ti (mas arriscas-te a encontrar o que não queres);
- Arranja hobbies que não sejam SÓ o trabalho e o ginásio;
- Aprende que TU tens de ser a TUA melhor companhia. Afinal, de nós mesmas não nos conseguimos livrar mesmo, né?
 

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