terça-feira, 19 de maio de 2015

4 dias na ilha da Madeira - dia 1

Passam num instante, mas valeu cada segundo, cada cêntimo, cada fotografia.
Já tinha visitado a ilha há 10 anos atrás com os meus pais, desta vez foi a minha prenda para o Guapo e lá rumámos para este maravilhoso cantinho de Portugal.

Antes de mais, os dados práticos.

Fomos pela Easyjet logo de manhãzinha (madrugada), reservámos o carro na Goldcar através do site rentalcar.com e incluimos o seguro do site (se for no sítio, directamente com a Goldcar são 87€!!!). Tiramos mil e uma fotos ao carro antes de abalarmos e de registarmos na papelada todo e qualquer risco ou danos verificados (desde a nossa viagem a Bruxelas ficámos meio de pé atrás com os alugueres de carro...mas até hoje só tivemos problemas com a Sixt).

O hotel já há muito que tinha sido reservado, aconselho sempre a verificarem os valores no site de reservas espanhol central de reservas que é uma agência de viagens online que consegue valores especiais com os hoteis. O único senão é que cobram sempre 10€ de gestão em caso de desistência (no Booking podemos desistir a custo zero), mas podem-se fazer as alterações que quisermos. Eu já usei este site algumas vezes porque a diferença em relação ao Booking chegava a 20€ por noite ou mais.

Assim sendo, lá seguimos felizes e contentes para o nosso destino nº 1: Funchal city.

Nós actualizamos o GPS TomTom na véspera comprando o pacote ilha da Madeira+Canárias, guess what? A Madeira nunca apareceu no GPS, só as Canárias, bonito.

Então fiz o download de uma aplicação para iPhone chamado Meo Drive e foi a nossa salvação. Não que seja difícil andar pela ilha sem gps, mas facilita a entrada e saída do Funchal sem perdermos muito tempo e dá sempre uma garantia que não estamos perdidos naquelas estradas no meio da serra. Fiquei arrependida de não ter levado o meu suplemento de bateria USB, pois esse programa de GPS suga a bateria do telemovel em cerca de 1% por cada 2km!

Enfim, a minha luta agora vai ser com a Tomtom e os meus ricos 25€ numa actualização que não valeu de nada.

Como chegámos cedíssimo ao hotel, os quartos obviamente que não estavam prontos, então deixamos lá as malas e o carro e fomos andar a pé pela cidade.

O horário da Sé catedral é restrito sendo que está fechado entre as 12h e as 16h, por isso façam pontaria. No sábado, que também era feriado, muitas lojas estavam abertas de manhã, mas à tarde muitas fecham também. O mercado dos Lavradores fecha nos feriados sempre.

Depois de calcorrearmos parte da cidade, apanhámos o teleférico (junto à marginal) só bilhete de ida (10€) em direcção ao Monte. Eu tenho vertigens, mas adorei o trajecto, dá uma visão aérea da cidade muito interessante.
Chegados ao Monte, temos umas instalações sanitárias mesmo ao lado do miradouro (benzadeus que eu estava aflitinha). Uma coisa curiosa que eu já nem estava habituada, há casas de banho de uso público em quase todo o lado sem cobranças e limpinhas. Isto, comparando com uma Bruxelas onde até nos centros comerciais se tem de pagar 50cênt. para fazer uma necessidade básica. Enfim.


Logo ali ao lado temos o Jardim do Monte Palace do Berardo (10€ pp) e vale cada cêntimo. Eu que não faço questão de visitar todos os parques e jardins dos sítios que visito em detrimento de outros locais edificados, fiquei fascinada com o pormenor de paisagismo e arranjos exteriores dispendidos naquele parque. Fabuloso. Preparem-se para descer e subir escadas e ladeiras, levem bons ténis ou botas e evitem dias de chuva. Juntamente com o bilhete ofereceram um copinho de vinho da Madeira para degustarmos no snack-bar. Nós nem iamos com intenção de beber alcool a meio da manhã, mas quando vimos a esplanada com aquela vista estonteante, juntámos umas batatinhas fritas ao vinho e fizemos as nossas delícias sentadinhos a apanhar sol e a apreciar a paisagem.
 

Depois das mil e uma fotos pelo parque, saímos e logo bem perto avistamos a igreja do Monte. Se as perninhas já cansavam das subidas e descidas do Jardim, agora até derreteram a subir a escadaria até à igreja, e ao torreão da mesma. Tem uma vista maravilhosa por isso compensa todo o esforço.


Claro que a seguir, e não sem antes beber uma poncha na tasca ali perto, sentámo-no num dos cestinhos e ali fomos a deslizar colina abaixo. É tranquilo, parece pior do que o que é. São dois quilómetros a varrer estrada. Eu fiquei zonza com a diferença de altitude+poncha, mas adorei. Quanto custa? Não me recordo muito bem. Acho que foi 30€ os dois.


Agora a questão que muita gente coloca: então e a seguir, como voltam para o centro?
Eu achava que havia autocarros sempre a passar, mas não. Ao fim de semana o horário é bastante restrito, sendo que algumas carreiras só passam por marcação (foi o que li na paragem do autocarro, não sei se está actualizado). A opção é apanhar um táxi (não vão em conversas, no máximo dos máximos são 10€) ou então descem 4km a pé sempre a direito até à baixa do Funchal, mesmo no centro. Claro que nós fomos a pé e claro que foi desesperante, pois a rua é mesmo muito inclinada e eu ia sempre em esforço para não tombar. O calçado não era o melhor (ia de botas), mas pelo menos o piso estava seco. Se estiver de chuva desaconselho totalmente que desçam a pé, vão patinar de certeza absoluta. A parte boa é que passei o resto dos dias cheia de dores nos glúteos e gémeos (anda uma pessoa no ginásio para isto, pffff..).

Sem comentários: