sexta-feira, 24 de abril de 2015

Eu bem tento...

...mas os dias, semanas, meses passam e parece que não tenho nada para escrever quando quero deixar registado os meus pensamentos ao longo da vida.

Tenho trabalhado muito, mas recebo muito pouco. Estou meio perdida sem saber para onde tomar o meu rumo. Por um lado tenho trabalhos giros, faço o horário conforme me dá mais jeito e consigo ter projectos em vários pontos do país. Por outro lado são trabalhos com prazos apertadissimos que me obrigam a não ter horário e a andar sempre com sentimentos de culpa quando não estou a trabalhar. E os pagamentos, enfim, é melhor não falar nisso.

Sempre desejei ter esta 'liberdade', mas está-me a castigar financeiramente e fisicamente. Como é possível não ter tempo/disponibilidade para o ginásio??!! Também é uma questão de organização, eu sei. Essa parte ainda tem de ser muito afinada.

Pensar em voltar a ter horário das 9 às 20h deixa-me ansiosa, pois teria de abdicar de todos os meus projectos e voltar a obedecer a uma hierarquia que não o meu cliente.

Depois, ando com uma pressão enorme da idade para ser mãe. Estou a aproximar-me da idade limite saudável e não tenho condições para gerar um filho, e verdade seja dita, a vontade também não é muita. Sei que me vou arrepender mais tarde e vivo aterrorizada com a possibilidade de ter de fazer inseminações e coisas do género. Para já não tenho dinheiro e depois...sei lá, ainda me nasciam trigémeos! Os amigos do Guapo pressionam-o imenso, mas felizmente são pessoas muito bem instaladas na vida (€€€€) e não têm noção do impacto financeiro que teria para nós um filho neste momento. Não é só o fazer, são os trinta anos de sustento que se seguem. Bem...e o fim da nossa rotina a dois que é tão boa demais....

Tenho de voltar aos médicos e fazer revisão total. Têm-me aparecidos uns caroços, que depois desaparecem, acne nas costas (!!!!) ando louca. Será dos nervos? Enfim, com isso também tenho de entregar os papéis para um novo seguro de saúde (sem tempo...).

Os meus pais também andam numa fase meio tremida. Ora estão com gripe, com laringite, com crises existenciais, com depressões...É difícil de gerir tudo à distância. Definitivamente ser psicóloga não era uma opção para mim, fico toda afectada dos nervos.

E os amigos? Sem tempo. Estão casados e com filhos, por isso combinar noites dançantes é para esquecer. As minhas (poucas) amigas solteiras andam à caça, já nem me convidam (recusei tanta vez...). Acusam-me de estar a fazer um grande erro porque homens vão e voltam, amizades ficam e tal. Amigas, eu quero que este homem fique para sempre, tá?! Não me agoirem a vida!!!

Eu entendo...há sempre um depois, mas ninguém pode ocupar o espaço das minhas amigas, as verdadeiras ficarão sempre comigo. E se um dia isto correr para o torto já o disse várias vezes, solto amarras e volto a ir embora.

Resumindo, a minha vida em Abril de 2015 está um caos controlado :)


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